sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Cap. 14


Falei que postaria aos fins de semana, olha eu aqui cumprindo minha promessa, fiz um capítulo natalino, mas como ele ficou muito grande vou dividir em duas partes e vou tentar postar até domingo a segunda parte. Espero que vocês gostem.

Nina’s p.o.v
Logo após a revelação do Tom, os flash aumentaram significativamente em cima de nós, mas para falar a verdade eu não percebia muitas coisas, eu estava muito ocupada segurando o choro e sorrindo para o homem que estava na minha frente.
Depois de mais algumas entrevistas entramos no teatro para assistir o filme. E quando as luzes se apagaram eu soltei as lágrimas de felicidade que eu estava segurando.
- Não chore meu amor, eu quero te ver feliz, minha linda. – Tom disse baixinho no meu ouvido. Eu me virei para ele e o dei um beijo rápido.
- São lágrimas de felicidade meu amor, eu acho que nunca estive tão feliz antes, meu namorado. – não pude conter o sorriso que brotou no meu rosto após chamá-lo assim.
Tenho que dizer, eu não tenho nem ideia do que o filme se tratava, eu não consegui prestar atenção em nada que não fosse o homem que estava ao meu lado. Ele parecia estar se divertindo, e seu sorriso era uma ótima distração.
O mês de novembro passou em um piscar de olhos, eu e o Tom estávamos muito bem, sempre juntos, e a cada vez mais saíamos nas capas das revistas de fofocas, no começo foi divertido, mas agora era meio estranho, mesmo que eu tentasse fazer uma surpresa para o Tom, eu não conseguia já que antes de eu chegar em casa uma foto minha já tinha saído em algum site. A cada semana ficávamos em uma casa, já tínhamos roupas nos dois lugares, e estávamos bem assim.
Era começo de dezembro quando começamos a enfeitar nossas casas para o natal, a casa de Tom já estava decorada, mas ainda faltava a minha. A Nana não voltaria esse ano, mas ela me prometeu que em fevereiro estaria de volta. Meus pais, meu irmão e sua esposa estavam vindo para o natal na minha casa, mas eu ainda não tinha contado para o Tom, eu estava com medo de ele ficar assustado e fugisse de mim assim que eu contasse a novidade.

Eu estava deitada em minha cama assistindo televisão sozinha, Tom estava em  uma entrevista com a produção de uma série que ele possivelmente faria, mas ele não tinha me contado muita coisa, disse que seria surpresa.
Estava quase pegando no sono quando a campainha tocou, fui atender a porta de pijama mesmo, não estava com humor para trocar de roupa. Quando abri a porta dei de cara com um buquê enorme de rosas vermelhas, pouco depois as flores se abaixaram e eu pude ver um Tom com um sorriso de orelha a orelha.
- Para você meu amor, eu vi em uma loja vindo para cá e lembrei de você. – ele disse me dando um beijo e entrando em minha casa.
- Obrigado amor – eu disse colocando as flores em um vaso, assim que coloquei o arranjo na sala, me virei para Tom e pulei em seus braços para beijá-lo, ele estava radiante. – Então, agora você pode me contar como foi sua entrevista?
- Agora eu posso. – eu ainda estava agarrada nele quando ele se assentou no sofá me levando junto. – Fui tudo ótimo, e eu consegui o papel, é uma adaptação de Shakespeare, vai se chamar The Hollow Crown, e eu serei o Príncipe Hal. – ele estava tão animado que me deixou animada, seu sorriso não se desfazia por nada, ele estava ainda mais lindo que o normal.
- Mas não foi só para isso que eu vim aqui Dona Marina. – ele disse passando a mão pelos meus cabelos. – Eu vim aqui também para a gente arrumar sua casa para o natal, você me disse que essa era a época do ano que você mais gostava, mas você não me parece muito animada para enfeitar sua casa. – ele estava olhando bem dentro dos meus olhos, e eu não podia mais correr para nenhum lugar, eu ia ter que contar, era agora ou nunca.
- Então, Tom, eu preciso te contar uma coisa. – eu tinha que cortar aquele olhar, era muito profundo, era como se ele pudesse ver no fundo da minha alma e arrancar de lá toda a verdade, antes mesmo de eu ter a chance de falar. – É uma coisa boba, e espero que você não fique todo estranho com o que eu vou te contar. – olhei de volta para ele e vi que estava com as sobrancelhas arqueadas, e sua boca estava sem aquele sorriso de pouco tempo atrás. – Tom, o que eu quero te dizer é que minha família está vindo passar o natal aqui, na Inglaterra, comigo, e eu gostaria de te apresentar para eles, mas se você não quiser, tudo bem, eu não quero te forçar a nada, mas foi só um pensamento que eu tive, já que você falou que sua mãe e sua irmã iam para a Índia passar o natal com sua outra irmã, eu achei que seria uma boa, mas se você não estiver pronto para isso, tudo bem eu vou entender.  – eu nem sei se ele conseguiu acompanhar o que eu disse, já que eu falei muito, muito rápido. Mas quando eu olhei de novo para ele, a expressão de preocupação tinha saído do seu rosto, ele agora parecia pensativo.
- Deixa eu ver se eu entendi, você estava com medo de me contar que sua família estava vindo passar o natal com você, certo? – ele me perguntou, e eu apenas concordei com um aceno de cabeça, e ele começou a rir. – Meu amor, porque você estava preocupada?
- É só que, não sei, eu fiquei com medo de você reagir de forma estranha, como você reagiu quando eu falei que te amava no sonho. De verdade Tom, se você não se sentir a vontade eu vou entender, não quero te forçar a nada
- Outch, isso doeu sabia. – ele disse fingindo estar chateado, mas não conseguia esconder o sorriso. – Daquela vez eu não tinha certeza se estava pronto para um relacionamento, logo depois de ter terminado o meu anterior. Mas agora, eu não tenho mais dúvida alguma que eu te amo, e eu quero sim conhecer sua família. – e dessa vez era eu quem não conseguia esconder o sorriso. – Então, era só isso que estava te preocupando?
- Na verdade, era. – eu disse concordando com um gesto de cabeça rápido, quase frenético, eu estava muito feliz, minha vida estava tão boa que eu nem podia acreditar, e ele apenas ria de mim, na verdade ele estava gargalhando.
- Então já que resolvemos isso, que tal arrumarmos sua casa para o natal?
- Ótima ideia senhor Hiddleston. – eu disse pulando do seu colo para ir pegar as caixas que tinham todos os enfeites. – Mas primeiro, temos que ir pegar a árvore, que fica lá na garagem, nó temos um quartinho lá em baixo, será que você poderia pegar para mim? Enquanto você vai lá, eu vou pegando os enfeites.
- Pode deixar comigo, vou em um pé e volto em outro. – ele disse me dando um beijo rápido, entreguei a ele a chave do quartinho, e ele saiu pela porta correndo, parecia uma criança de tão alegre que estava.

Toms p.o.v
Eu estava muito animado, meu dia estava sendo perfeito, eu tinha conseguido o papel que eu queria, minha namorada era linda, iriamos arrumar a casa dela para o natal que eu conheceria sua família, eu estava um pouco nervoso com isso, mas eu não iria me preocupar com isso agora não, ia dar tudo certo.
Quando cheguei na garagem fui procurando pela porta com o número do apartamento da Nina, o que foi bem fácil, já que era a terceira após a porta do elevador. Eu me impressionei, ali tinham muitos quadros, alguns móveis e  algumas caixas, procurei dentro delas e na maior achei a árvore de natal. Quando estava saindo do pequeno cômodo, coloquei a caixa no chão para trancar a porta, assim que me virei para pegar a caixa e subir, eu esbarrei e ela caiu e bateu em um carro que estava coberto com uma capa cinza. Peguei a caixa coloquei ao meu lado para ver se tinha estragado o carro, assim que levantei a capa vi que era um Audi e tinha amassado um pouco o capô. Fui ver de qual apartamento era o carro para poder falar com o dono, e quando vi o número eu me assustei, era da Nina.
Voltei para o apartamento, minha namorada estava no sofá, abrindo as caixas que estava espalhadas pela sala e da caixa de som saía uma música natalina.
- Nina, desde quando você tem um carro? – disse colocando a caixa no meio da sala de estar.
- Ah, você viu. Meus pais me deram quando eu me mudei para cá, mas eu acho que só o usei umas três vezes, eu não consigo me acostumar com as ruas ao contrário, e o volante no lado do carona, então eu decidi que era melhor eu usar o transporte público, acho que foi a melhor escolha para minha saúde. E já faz tanto tempo que eu até tinha me esquecido dele.
- Amor, eu acho que você deveria usar seu carro, é mais seguro, e se você quiser eu posso te ajudar com a direção, a gente pode ir a noite, para um lugar mais calmo, onde você possa treinar. Eu ficaria mais tranquilo se você usasse seu carro meu bem.
- Ok Tom, eu não vou discutir com você sobre uma coisa tão boba. Então quando der, você poderia me dar aulas de direção. – eu não estava convencido que ela voltaria a usar o carro, mas eu iria fazer de tudo para isso, Londres estava ficando a cada dia mais louca e imprevisível  seria mais seguro se ela não usasse tanto o transporte público.
- Ok, então vamos a decoração.
Eu tenho que admitir, a Nina tinha muita coisa de natal, depois de umas 2 horas terminamos nossa missão. E vou te falar a casa dela ficou muito bonita.
Estávamos admirando nosso trabalho bem feito, ela estava de costas para mim, estávamos abraçados, apenas olhando a árvore
- Obrigado por me ajudar amor – ela se virou para mim, e me deu um beijo rápido. – Mas agora eu estou com fome, vamos pedir alguma coisa?
- Vamos, que tal comida chinesa?
- Ótima ideia, vou pedir de um restaurante que tem aqui perto que a comida é uma delicia.
- Enquanto você pede, eu vou tomar banho. – corri para o banheiro da Nina, lá já tinha uma toalha para mim e minhas roupas estavam no closet dela. Depois de uns 15 minutos eu saí do banheiro, coloquei uma calça de moletom cinza e uma blusa branca de malhar e fui encontrar a Nina, ela estava deitada no sofá, e estava começando a tocar “all i want for christmas is you”, quando ela me viu, se levantou e veio em minha direção, pegou minha mão e me conduziu até o sofá, ela se sentou no meu colo e cantou a música para mim, dando ênfase no refrão.
Quando a música chegou ao fim, eu precisava dela, e ela era minha, eu sabia, então a beijei, como se minha vida dependesse daquele beijo, e quando as coisas estavam começando a esquentar escutamos o interfone, e nos separamos rapidamente com o susto.
- Bem na hora em!?!? – a Nina se afastou de mim para atender ao aparelho, e ela estava linda, mesmo no seu pijama, seu cabelo estava bagunçado, e eu acho que eu ajudei bastante nesse ponto. E ela também tinha me bagunçado, eu tive que pegar uma almofada para colocar em cima da minha cintura para esconder minha excitação por aquela mulher que me fascinava cada dia mais. 




Árvore de natal da Nina:


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