domingo, 25 de novembro de 2012

Cap. 11


Tom’s p.o.v
Quando eu acordei, Nina estava toda enrolada comigo, a sensação era boa, mas eu me assustei com a reação do meu corpo a ela, digamos que eu estava bem “animadinho” mas eu não podia fazer nada, ela ainda estava muito triste, o que explicava o molhado na minha blusa onde seu rosto estava apoiado.  Era melhor eu me levantar e tomar um belo de um banho gelado para poder pensar melhor.
Me soltar dela não foi uma tarefa fácil, até porque eu não queria sair da cama.
Depois de uma banho frio, fui fazer nosso café da manhã, eu não sabia o que ela gostava de comer, uma vez que eu nunca a tinha visto comer de manhã. Mas decidi fazer panquecas com mel e bacon para dois.
Voltei para o quarto com uma bandeja com a nossa comida, quem sabe um bom café na cama não a deixaria um pouco mais feliz. Ela estava sentada na cama falando ao celular, e eu me senti melhor, ela estava sorrindo, eu não sabia o que estava acontecendo, porque ela falava em outra língua que deveria ser o português. Quando ela me viu parado na porta ela sorriu ainda mais, e lá estava o brilho que seus olhos tinham perdido desde ontem. Coloquei a bandeja no móvel que ficava em frente a cama, e fui para o seu lado, me deitei de lado, segurando minha cabeça com as mãos, ver seu sorriso me fazia sorrir, eu estava curioso, mas ela ainda falava no celular.
Quando ela desligou o aparelho, ela começou a pular como uma louca, eu não estava entendendo nada, mas vê-la assim era bom, e me fazia gargalhar, me deitei de costas na cama, colocando um braço para cobrir meus olhos, e senti o peso de seu corpo em cima do meu, ela também estava rindo, eu a abracei e ela distribuía beijos por todo meu rosto, como aquilo era bom.
- Ok, eu estou adorando isso tudo, mas você se importaria de me falar o que está acontecendo? – coloquei minhas mãos do lado do seu rosto
- A Nana acabou de me ligar, a mãe dela está melhor, ela ainda está no hospital, mas está melhor – ela me deu um beijo rápido e levantou da cama – isso é para a gente? – ela estava apontando para as panquecas que eu tinha feito, ela continuava sorrindo como uma criança no dia de natal – porque por incrível que pareça, eu estou com fome pela manhã, acho que pela primeira vez em anos.
- Enquanto você dormia, eu fui a cozinha e fiz essas panquecas para a gente, pelo visto eu agradei – levantei da cama e fui em sua direção – era para eu ter te acordado com um beijo e nós tomaríamos café na cama, mas você já não estava mais dormindo, o que atrapalhou meus planos senhora Marina – eu a abracei, ela continuava sorrindo, e então ela mordeu o seu lábio inferior, e cara aquilo me balançou.
- Ok senhor Thomas, nós podemos fazer do seu jeito, volta lá para fora que quando você voltar eu vou estar dormindo naquela cama e você pode fazer tudo como você planejou.
- Nina, a gente não precisa
- Anda logo Tom – ela estava indo para a cama
Só mesmo ela para fazer uma coisa assim, aliás, acho que eu faria tudo que ela me pedisse. Então eu saí do quarto com a bandeja na mão, e depois de alguns segundos voltei, ela estava deitada, e realmente parecia estar dormindo, fui devagar em direção a cama, coloquei a bandeja no meu lado da cama, me inclinei na direção dela e a beijei, me afastei dela e ela ainda estava de olhos fechados, mas estava sorrindo
- O que foi Nina? – eu já não estava entendendo nada
- Eu acho que preciso de mais beijos para acordar, sabe o que é, meu sono é muito profundo – ela continuava de olhos fechados e rindo, então a beijei de novo, e de novo e de novo – Ok, acho que já estou bem acordada agora – ela se sentou na cama e me olhava sorrindo, e eu não conseguia parar de olhar para ela, como eu senti falta de ver ela sorrindo – Tom, será que a gente poderia comer? Eu estou com fome
- Claro minha linda, vamos comer.
Depois de alguns minutos não tinha sobrado nada do nosso café, ela sorriu durante todo o tempo, como ela era linda, quando acabamos, tivemos uma pequena discussão  porque novamente ela queria lavar os pratos, mas isso não afetou em nada seu bom humor, ainda bem. Decidimos assistir um filme antes do almoço, eu tinha ido fazer pipoca e ela foi para a sala para escolher um filme, quando eu voltei para a sala, ela não estava com uma cara muito feliz
- O que foi Nina?

Nina’s p.o.v
- Eu esqueci que eu tinha aula hoje – ele se ajoelhou na minha frente e me olhou com uma cara estranha e depois começou a rir – O que foi Tom, porque você está rindo? Isso não é engraçado.
- Poxa Nina achei que alguma coisa séria tinha acontecido – ele estava rindo, se levantou e se jogou ao meu lado no sofá pegando o balde de pipoca que ele tinha deixado em cima da mesa.
- Tom isso é importante, é do meu futuro que estamos falando aqui – como ele podia não entender isso
- Nina, tudo bem, um dia não vai estragar o seu futuro, acredite em mim, quando eu estava na faculdade eu faltava muitas aulas porque eu ia para as festas a noite, e olha para mim agora, sou um ator conhecido mundialmente – ele sorriu, eu acho que ele tinha razão, mas eu não gostava de faltar a aula.
- É, você tem razão – tirei todas essas pequenas preocupações da minha cabeça, um dia não ia matar ninguém, e nem estragar o meu futuro – Eu escolhi o filme para a gente – peguei o filme que eu tinha escondido atrás da almofada – Escolhi “Os Vingadores”
- A não Nina, de novo não, você já viu esse filme –ele falou pegando o filme da minha mão
- Mas eu nunca vi ele todo de uma vez só, e ver você como Loki é........ bom você fica sexy sendo o cara mal – eu tenho certeza que eu fiquei vermelha, então levei a almofada para a frente do meu rosto.
- Então quer dizer que você me acha sexy sendo o vilão? – ele me olhava de uma forma tão intensa que eu ficava cada vez mais vermelha, eu conseguia sentir minha bochecha fervendo -  Ok, então vamos ver o vilão sexy aqui atuar. 
Ele colocou o filme, e me puxou para ficar colada nele, eu passei minhas pernas por cima das dele e encostei minha cabeça no seu ombro.
O filme já tinha passado da metade, mas era muito bom, eu não queria que acabasse.
- Você reparou que você apanhou mais do que todos nesse filme? – perguntei rindo
- Isso que dá ser o vilão meu bem – ele depositou um beijo no topo da minha cabeça
Quando o filme acabou já era quase hora do almoço, e eu conheci a Rose, e pelo cheiro, nosso almoço seria muito bom, ela tinha feito frango com batata, e realmente estava muito bom. Como era bom não ter que preocupar com o que fazer para almoçar. Quando acabamos nosso almoço, fomos para o quarto de Tom, na noite passada eu não consegui dormir muito bem, então precisava repor minhas energias.
- Tom, sabe de uma coisa, já que eu estou quebrando minhas regras, eu acho que não vou para o trabalho, não estou afim de escutar as clientes reclamando que as roupas não ficam boa nelas e blá blá blá. – falei enquanto pegava meu celular e indo me deitar na cama
- Sabe uma coisa que eu não entendo é o porque você trabalha em uma loja de roupa, você tinha que procurar um emprego no ramo do cinema já  que você quer ser diretora. – ele estava no closet colocando uma roupa para dormir comigo, e voltou com apenas uma calça de pijama baixa que era de tirar o folego.
- Na verdade, foi o único emprego que eu consegui quando eu me mudei para Londres, eu até enviei meu curriculum para alguns estúdios mas nenhum me respondeu, então foi por isso que eu continuei no emprego. – eu expliquei enquanto ficava maravilhada com seu corpo
- Meu bem, eu posso te ajudar com isso, eu conheço... – coloquei minha mão sobre sua boca para que ele não continuasse falando
- Nem em sonhos, eu quero conseguir um emprego nesse ramo, mas quero que seja por meu esforço.
- Ok, não está mais aqui quem falou. – ele se jogou ao meu lado na cama.
Liguei para a loja que eu trabalhava e falei que não iria conseguir ir trabalhar hoje, a dona ficou muito brava comigo, e me demitiu. Não posso falar que eu fiquei triste, mas feliz eu também não fiquei. Contei para Tom o que aconteceu e ele me abraçou, e assim dormimos.

 Tom’s p.o.v
Eram 15hs quando eu acordei, Nina continuava dormindo ao meu lado, e ela estava sorrindo. Aquela cena era hipnotizante, eu podia ficar vendo ela dormir durante toda a tarde. Ela falou alguma coisa que eu não consegui entender, ela falava dormindo, o que era ainda mais fofo. Me aproximei dela para tentar entender o que ela fosse falar. As palavras eram incompreensíveis, mas algumas coisas eu conseguia entender como um “para”, “você é muito engraçado” entre outras coisas, até que eu escutei uma coisa que eu não sabia como reagir.  

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Cap. 10


Tô sabendo que o capítulo ficou grande, mas de vez em quando eu começo a escrever e não consigo parar. Aproveitem e deixem um comentário falando o que vocês estão achando da história 
Beijos

Nina’s p.o.v
Como eu pude ter essa sorte? Eu achei um cara super fofo e que cozinha bem, ao menos o cheiro está muito bom.
Eu estava sentada em um banco alto que ele tinha na bancada dividindo a cozinha da sala, por mais que eu tentasse ou pedisse para ajudar ele, ele não me deixava fazer nada além de ficar quieta no meu banquinho tomando meu vinho e observando aquele homem que em tão pouco tempo, tinha se tornado tão especial e essencial para mim.
- Como eu consegui um homem como você? -perguntei girando um pouco a cabeça para o lado como um cachorrinho. 
- Sabe - ele disse de afastando do fogão e vindo em minha direção - eu estava me fazendo a mesma pergunta, por que você está, quer dizer, você é - ele me deu um beijo rápido - linda - mais um beijo - inteligente - mais um - divertida - e mais um. 
Por mais que eu estivesse gostando, eu senti um cheiro que eu já estava acostumada, cheiro de queimado
- Tom, querido, eu não queria quebrar o clima, mas acho que tem alguma coisa queimando. - ele abriu os olhos bem rápido, falou um palavrão e virou correndo para o fogão. 
- shit, shit, shit, nossa carne já era baby - ele disse pegando um pirex do fogão 
- O que acontece com a gente? Dá última vez que eu fui cozinhar para você, eu queimei nosso macarrão, e agora você queimou a carne. - ele desligou o macarrão e o molho e veio em minha direção mais uma vez
- eu acho que o que acontece é que um distrai o outro demais meu bem. - ele me deu um beijo daqueles de cinema, e voltou para o fogão, ele me serviu uma porção grande de macarrão, e uma para ele, em Em seguida, ele seguiu com os pratos na mão para um outro cômodo da casa, e eu quase tive um ataque cardíaco quando eu entrei na sala, ela estava toda iluminada por belas, e pela janela era possível ver um pedaço da Londo Eye ao longe. Tenho que admitir que eu me derreti, e fiquei muito emocionada também, ninguém nunca tinha feito nada parecido  com isso antes para mim. 
- Você gostou? - eu era capaz de sentir a preocupação dele em sua voz. Eu abri um sorriso e um lagrima solitária rolou pelo meu rosto, ele largou os pratos na mesa e veio correndo para mim - O que foi meu bem? Você está chorando, fala para mim o que esta acontecendo, as velas foram demais? Se esse for o caso eu posso... - não deixei ele  terminar a sua frase e o beijei, da mesma maneira que ele tinha feito quando nos encontramos hoje mais cedo. 
- Está tudo perfeito honey, e que nunca ninguém fez nada nem parecido com isso para mim, eu nunca ganhei nem uma rosa dos meus antigos namorados, e você me faz um jantar a luz de velas na primeira vez que eu venho na sua casa. Isso - eu disse apontando para a sala em geral - É muito mais do que eu podia esperar - outra lagrima correu pelo meu rosto.
Ele limpou minha lagrima com seu dedo, e depois me deu um beijo onde ela estava antes dele a secar. 
- Eu vou fazer tudo que puder para agradar você meu bem. Mas agora, vamos comer!  
O macarrão estava incrível, ele realmente sabia cozinhar, o que era bom para o nosso relacionamento. Depois do jantar, eu levantei, peguei meu prato, minha taça, e fui para pegar o prato dele.
- Posso perguntar o que a senhora está fazendo? – ele perguntou segurando minha mão e levantando as sobrancelhas.
- Você cozinhou, nada mais justo que eu lavar tudo. – para mim isso era uma regra básica e bem simples.
- E você realmente achou que eu iria deixar você lavar alguma coisa na minha casa? – ele me olhava como se ele não acreditasse no que eu estava fazendo.
- Eu espero que sim, porque é isso que eu vou fazer. – mostrei a língua para ele, que jogou a cabeça para trás para rir, e foi nesse momento que eu soltei minhas mãos das dele e peguei seu prato e praticamente corri para a cozinha. Mas minha fuga não durou muito, uma vez que ele veio por trás de mim e me abraçou quando eu cheguei à pia.
- Meu bem, você não vai fazer nada disso – ele pegou a louça que estava em minha mão colocando-a na pia – é pra isso que eu pago a Rose, ela mantem a casa em ordem, para que eu  possa curtir a linda mulher que está aqui comigo.
Sim ele me convenceu, alias, acho que ele me iria me convencer de qualquer coisa nesse momento.
Levantei minhas mãos, com o gesto que eu estava me rendendo, e ele me deu um beijo no pescoço, o que me fez arrepiar, e encostar meu pescoço no seu peito, o que facilitou para ele distribuir beijos por todo o meu pescoço e depois ele desceu para meu ombro. Eu me sentia nas nuvens.
E do mesmo jeito como ele começou, ele se afastou de mim passando as mãos pelo cabelo.
- Tom? Está tudo bem com você? – ele parecia atordoado, mas ele me deu um sorriso fraco e rápido
- Eu estou ótimo querida, mas ficar perto de você dessa forma é muito tentador, e eu não quero ir rápido demais, você é muito importante para mim – ele disse pegando minhas mãos e beijando-as. – eu não sei o que eu faria se você se assustasse e fosse embora.
- Tom – soltei suas mãos e com o dedo no seu queixo, levantei sua cabeça – eu não me assusto tão fácil assim – dei um beijo rápido nele.
Escutei meu celular tocar ao fundo, dei mais um beijo nele e fui para a sala onde eu tinha deixado minha bolsa. Quando vi quem estava ligando eu me assustei, e vi Tom olhando para mim, preocupado se estava acontecendo alguma coisa. Atendi o celular depois de me recuperar
- Nana, aconteceu alguma coisa? – perguntei, mas já estava pensando em mil coisas que podiam ter acontecido em poucas horas
- Nina, eu preciso ir embora – ela estava chorando o que me preocupou ainda mais
- Embora pra onde amiga? – a preocupação na minha voz era palpável, e Tom veio para o meu lado
- Embora para casa, para o Brasil – ela chorou ainda mais quando falou a última palavra, e eu caí no sofá, Tom logo me abraçou para tentar me confortar mesmo não sabendo o que estava acontecendo, e ele estava muito preocupado, e como eu não queria ter que contar tudo pra ele depois, coloquei no viva-voz, mas fiz sinal para ele não falar nada, o que ele respondeu apenas com um aceno de cabeça
- Amiga me explica, o que está acontecendo, porque você precisa ir para o Brasil, foi por causa do que aconteceu hoje? – nesse ponto eu já estava me segurando para não chorar rios, afinal de contas, ela era minha melhor amiga e companheira de apartamento, seria muito ruim se ela fosse mesmo
- É minha mãe Nina, ela está no hospital – posso jurar que eu fiquei branca como um papel ao escutar o que ela me falava – ela sofreu um acidente e está muito mal, eu tenho que ir embora, agora, eu estou comprando minha passagem de volta para casa para hoje mesmo, eu tenho que ir vê-la.
Eu olhei para Tom buscando alguma ajuda, mas ele estava balançando a cabeça em negação, e quando levantou seu rosto eu pude ver que ele também estava triste.

Tom’s p.o.v
Eu não acredito nisso, depois de tudo que eu falei para a Mariana essa tarde, ela ainda tem que passar por isso, e sua melhor amiga ainda estava aqui comigo, e não com ela para dar força nesse momento. E foi por consideração a ela que eu puxei a mão da Nina para ela levantar, eu ia levar ela para casa delas, eu devia isso para elas.
Durante todo o caminho a Marina foi conversando com a amiga pelo celular, na tentativa de acalmá-la, eu sabia que a Nina estava a ponto de chorar, mas não escorreu uma só lágrima dos seus lindos olhos castanhos.
Eu tinha parado na frente do prédio delas e Nina praticamente pulou do carro, e sussurrou para mim um “te espero lá em cima”, eu não sabia se era uma boa ideia, mas eu sabia que elas precisavam de ajuda. Estacionei meu carro na garagem, dei um tempo para que as duas pudessem conversar e só então subi.
Quando cheguei no andar delas, a porta do apartamento estava aberta, então entrei para ver  que estava acontecendo, achei as meninas no quarto da Mariana, e vi a Nina ajudando a amiga a fazer suas malas, ela estava muito branca.
- Olá Tom – Mariana disse fraco, entre soluços. – Me desculpe por estragar a noite de vocês, mas eu precisava
- Nana, pelo amor, cala essa boca que nós temos que terminar de fazer essa mala para você pegar seu voo. – Nina disse brava, como eu nunca tinha visto.
- Tudo bem Mariana, eu nunca vou querer roubar sua amiga de você, eu sei o quanto ela é importante e especial – eu disse, ora olhando para a Mariana parada ao lado da cama, e para a minha Nina que corria de um lado para o outro com roupas na mão.
Depois de alguns minutos duas malas estavam prontas em cima da cama, eu ajudei a colocar elas no chão e vi a Mariana se afastar, olhei para a Nina e vi que ela também estava com cara de quem não estava entendendo nada.
- Nana o que você vai fazer? – Nina perguntou
- Eu vou ligar para o táxi – Mariana falou e a Nina balançou a cabeça, como se ela não soubesse o que fazer
- Eu levo você Mariana, eu te devo essa – ela fez apenas um aceno de cabeça concordando comigo.
Saimos os três do apartamento, quando chegamos na garagem eu coloquei as malas no porta-malas enquanto as meninas entravam no carro, a Nina estava no banco do carona e Mariana no banco de trás.
Eu acho que nunca cheguei tão rápido no aeroporto, deixei as garotas no saguão do aeroporto e fui estacionar o carro. Quando me juntei a elas, as despedidas já tinham começado, mas a Nina ainda não tinha deixado nem uma lágrima cair, o que eu não sabia era se ela era forte mesmo, ou se ela só estava se fazendo de forte para a amiga.
Eu estava me despedindo dela quando ela falou baixo, só para mim
- Me desculpa, eu sei que eu fui egoísta, mas agora eu estou vendo que você vai fazer minha amiga muito feliz, me desculpa, e obrigado por tudo.
Eu apenas apertei ela mais forte, não era preciso dizer nada.
Ela entrou para a área de embarque dando tchau para a gente, eu abracei a Nina de lado, eu sabia que ela estava triste e ia precisar de alguém para dar uma força para ela depois de tudo.
Quando não podíamos mais ver a Mariana, a Nina desabou, ela começou a chorar compulsivamente, eu a virei para mim e a abracei forte e coloquei minha testa no topo de sua cabeça, ela estava apenas sendo forte para a amiga, e agora ela estava liberando tudo que ela havia segurado por horas.
- Por favor Tom – ela disse soluçando – não me deixe sozinha agora, por favor – ela disse olhando para mim, e mesmo chorando ela continuava linda
- Nunca meu bem, nunca.
Decidimos que seria melhor ela dormir na minha casa por hoje. Todo o caminho do aeroporto até minha casa ela foi chorando, eu colocava minha mão sobre seu joelho, ou pegava sua mão e a beijava, para que ela soubesse que eu estava ali. Quando chegamos na minha casa, ela continuava a chorar, não como antes, mas ainda chorava muito, e aquilo me doía  Peguei um copo de água pra ela, e uma blusa e um short meu de pijama para que ela usasse. Quando eu a vi, ela estava linda mesmo usando minhas roupas que ficavam gigantes nela, ela parecia uma boneca, mas no momento ela parecia mais uma boneca de porcelana, eu estava com receio de fazer alguma coisa e a magoar ainda mais. 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Cap. 9



Tom’s p.o.v
Naquela hora eu estava muito bravo, Mariana estava tentando me afastar da Nina de todas as maneiras desde quando eu cheguei aqui, então nem pensei se eu estava sendo muito duro com ela, mas ela era quem trabalhava para mim, e não o contrário
- Olha Thomas eu sei o que eu estou fazendo, eu estou fazendo o meu trabalho, como sempre. – Mariana disse mal olhando na minha cara, e aquilo me tirou ainda mais do sério.
- Quer saber, eu achei que você fosse mais profissional que isso, sim eu estou com a sua amiga, e eu também sei que você tem sentimentos por mim, mas eu achei que você poderia continuar com seu bom trabalho, mas estou vendo que isso vai ser muito difícil para você, então não precisa mais se preocupar com minha imagem – falei entrando no “meu” quarto, parei na porta e olhei para ela que estava parada estática no meio da sala – e pode deixar que eu vou sim para a minha casa, mas não pense que só por eu não estar morando aqui eu vou deixar de ver a Nina, por que isso não vai acontecer. – entrei no quarto, provavelmente eu estava com o rosto vermelho de raiva, peguei todas as minhas roupas e coloquei na pequena mala que eu fiz quando o vídeo foi parar na internet alguns dias atrás.
- O que você quer dizer com “eu não preciso mais me preocupar com sua imagem?” – Mariana perguntou da porta do quarto, por um breve segundo eu olhei para ela e vi que ela não estava mais com tanta raiva, ela parecia estar assustada.
- Mariana – eu estava tentando me acalmar, quando ela não estava surtando comigo, como ela tinha feito a pouco, ela era uma boa pessoa, e trabalhava muito bem também - acho que você não vai ser bom para mim e nem para você se a gente continuar trabalhando junto, então eu estou dispensando você. – percebi que de susto sua expressão passou para tristeza, mas assim seria o melhor para nós. – você logo vai arrumar outro cliente que não vai te fazer passar por tudo que eu estou fazendo você passar, acredite em mim, vai ser melhor assim.
Terminei de colocar as roupas na mala e passei por ela na porta do quarto que por algum tempo foi meu, antes de falar mais alguma coisa com ela, segui para o quarto da Marina, dei uma última olhada por todo ele e parei quando meus olhos chegaram na sua cama, onde a pouco nós estávamos juntos, eu vou sentir falta de acordar com ela ao meu lado. Voltei o caminho para sala para sair daquela casa, Mariana estava sentada na sala, ela parecia não estar acreditando no que estava acontecendo.
- Meu empresário vai falar com você depois para acertar pelo seu trabalho comigo. Até mais. – não olhei para ela, apenas segui para fora daquele apartamento que eu já estava me acostumando a morar. Mas agora era hora de voltar para minha casa.
Nina’s p.o.v
Meu dia tinha sido cansativo, mas eu estava feliz, desde a hora em que eu acordei nada conseguiu me tirar do sério, e eu acho que eu podia me acostumar com isso. No caminho para casa peguei meu celular para mandar uma mensagem para Tom
“Estou no metro, me espera para jantar? Estou com saudade de você. XOXOXOXOXOXOXO.  Nina”
Eu não sei o que esse homem tinha feito comigo, mas eu não parava de sorrir quando pensava nele, como era bom estar com ele, as coisas pareciam fáceis  como se tudo desse certo, eu me sentia segura ao seu lado. O som do meu telefone me tirou do meu mundo de pensamentos para ver que Tom tinha me respondido.
“Podemos jantar na minha casa, já que eu tive que voltar para cá? Também estou com saudades linda, mal posso esperar para te ver de novo depois do meu dia, mas acho que você vai ter problemas com a Mariana. Me fala quando você chegar em casa que eu te pego para a gente jantar. Se você quiser, você pode dormir aqui hoje. Xoxo Tom”
Ele parecia bravo, mas a minha dúvida ainda era maior, por que ele tinha voltado para casa, a Mariana disse que ainda ia demorar para ele poder voltar, será que ele se cansou de morar numa casa com duas malucas? Mas se fosse isso, por que ele estaria me chamando para dormir na casa dele? Eu não estava entendo mais nada nessa história, peguei meu celular e comecei a escrever outra mensagem para ele
“Eu perdi alguma coisa? Porque você está na sua casa? Você está bem, me pareceu que você está bravo, me fala que você não se cansou de mim. Nina”
Nem meio minuto se passou e meu celular apitou
“Sim você perdeu algumas coisas enquanto estava na faculdade, mas eu te conto tudo quando te encontrar para nosso jantar. Eu ainda estou um pouco bravo meu anjo, mas não se preocupe, assim que eu te ver tudo vai passar, e como você pode pensar que eu me cansei de você? E dessa vez você esqueceu dos meus beijos e abraços ao fim da mensagem -> XOXOXOXOXO, Tom”
Eu não consegui não achar graça com o final da mensagem dele. Peguei minhas coisas e sai do metro quando ele chegou na minha estação, eu ainda andava mais alguns quarteirões para chegar em casa, mas passou tudo muito rápido, eu pensava no que poderia ter acontecido, mas não conseguia chegar a nenhuma conclusão. Quando cheguei em casa, estava tudo escuro, o quarto da Nana estava com a porta fechada, bati de leve, tentei abrir a porta mas estava trancada, isso normalmente não acontecia.
- Nana, está tudo bem com você? – perguntei olhando preocupada para a porta, não se escutava nenhum barulho do outro lado – Nana, abre a porta para a gente conversar, o que está acontecendo? – então eu escutei o barulho da porta se abrindo, Mariana parecia ter chorado por um bom tempo pela maneira como seus olhos estava inchados. – O que aconteceu amiga?
Ela custou, mas me contou tudo o que tinha acontecido hoje a tarde, como uma vida pode mudar assim em tão pouco tempo? De manhã estava tudo perfeito e agora o cara que eu estava gostando teve que sair da minha casa, e minha amiga tinha sido despedida. No momento eu estava brava com os dois, mas eu achei melhor não tomar o partido de ninguém, não era minha briga, era dos dois. Nana me olhava esperando que eu dissesse alguma coisa
- Nana, eu preciso que você me entenda, eu não vou me afastar do Tom, eu sei que ele te feriu com tudo que aconteceu, mas eu gosto dele, de verdade, e o problema que aconteceu hoje foi entre vocês, eu não vou  interferir nisso. – seu queixo quase caiu, e ela me olhava com uma cara de quem não está acreditando no que estava escutando
- Eu não acredito, quando eu preciso que você fique ao meu lado você fala que não vai tomar partido de ninguém? Que tipo de amiga você é? – eu sabia que aquilo era a raiva falando, mas me machucou
- Acho que você precisa de pensar por um tempo, assim quem sabe você consiga ver que o que você fez também foi errado e egoísta, e ele também errou em te despedir, mas eu não vou brigar nem com ele, e nem com você, os dois já são adultos para resolverem seus problemas por conta própria. – O que se seguiu foi que Mariana praticamente me expulsou do seu quarto.
Peguei meu celular e mandei uma mensagem para o Tom
“Já estou em casa,  acabei de falar com a Nana, vou tomar banho e posso ir para sua casa, você prefere que eu te encontre aí? Eu posso pegar o metro, por mim não tem problema. XOXOXO Nina”
Entrei no chuveiro e deixei a água levar todos os pensamentos ruins do dia, principalmente da última meia hora. Quando saí escolhi minha roupa peguei meu celular e tinha uma mensagem do Tom
“Nem pense em pegar o metro, eu estou indo te buscar, me fala quando você estiver pronta. XOXOXO Tom”
Ele falando até parecia que o metro de Londres era o lugar mais perigoso para se estar, eu ri pensando que se ele estava assim tão preocupado comigo em Londres, imagina se estivéssemos no Brasil.
“Estou pronta e te esperando, e saiba que eu ando de metro para todos os lugares, não seria nenhum problema ir para sua casa nele. Nina”
Nem um minuto se passou para meu celular apitar
“Pode descer que eu já estou aqui. XOXO Tom”
Antes de saí de casa, passei pelo quarto da Nana, bati na porta e tive que falar com a porta mesmo, uma vez que ela não abriu a porta
- Nana estou saindo, não sei que horas eu voltou, se precisar de mim pode me ligar. – ela também não me respondeu, minha parte de avisar eu tinha feito.
Saí de casa, chamei o elevador, e meu coração pareceu acelerar, e eu senti um frio na barriga, eu estava indo conhecer a casa dele. Eu estava com saudade dele.
Assim que saí do prédio, vi ele já do lado de fora do carro me esperando, vi que ele me olhou dos pés a cabeça e sorriu, e só então veio para perto de mim.
- Você esta cada vez mais linda. – e sem dizer mais nada ele me beijou, um daqueles que até faz o pé levantar, e ao fazer isso, me apoiei mais nele, ele cortou o beijo e me olhou, rindo – O que foi isso? – eu fiquei vermelha
- É que quando o beijo é bom o pé sobe – eu não sabia explicar direito, e eu também não queria explicar, eu estava com fome.
- E seu pé já se levantou antes de mim? – ele perguntou levantando a sombrancelha
- Você quer mesmo conversar sobre meus antigos relacionamentos agora? – encontei minha testa da dele para olhar naqueles olhos de um azul profundo. E foi aí que minha barriga roncou e estragou todo o momento
- Ok, conversamos sobre isso uma outra hora, agora temos que te alimentar meu bem. – ele me levou até a o lado do carro, abriu a porta para que eu entrasse, e me deu um beijo antes de fechar a porta e correr (literalmente) para o lado do motorista.
Durante o caminho trocamos carícias, conversamos sobre tudo o que tinha acontecido hoje, e ele não ficou bravo comigo quando eu falei que não iria tomar as dores de ninguém nessa história, ainda bem, eu não queria brigar de novo sobre o mesmo assunto.
Enfim chegamos a casa dele, era bem grande, mas era ao mesmo tempo aconchegante. Entramos na garagem, ele parou o carro, e correu para meu lado, para abrir a porta para mim. Quando saí do carro, dei um beijo rápido nele, eu gostava dele, e como eu gostava. Ele me abraçou ao seu lado segurando minha cintura e assim entramos na sua casa.
- Como no primeiro dia em que nos conhecemos você quase fez macarrão para mim – eu fiquei vermelha e escondi meu rosto no seu ombro, rindo – eu vou fazer um para a gente, com molho de queijo. – ele disse pegando meu queixo para que eu olhasse para ele.

sábado, 17 de novembro de 2012

Cap. 8

Mil desculpas pela demora gente, eu estou com alguns problemas pessoais, e trabalhando então eu ando meio sem tempo para escrever, mas vamos ver se essa semana eu consigo organizar meu tempo melhor e não deixar vocês sem postagem por tanto tempo. Então vamos a história
Nina’s p.o.v
Eu poderia ficar ali para sempre, de verdade, uma vista maravilhosa e com um homem maravilhoso. Mas depois de um tempo, a roda gigante se moveu nos trazendo para baixo. Quando a nossa cabine chegou no nível do chão, Tom se soltou de mim, me deu a mão e então fomos de volta ao carro, eu podia dizer que naquele momento tudo estava perfeito.  No caminho de volta para casa ele não perdeu nem uma chance de me acariciar ou de me beijar sempre que parávamos em um sinal.
Chegamos em casa e nossa recepção não foi a mais agradável. Mariana estava nos esperando na sala com uma cara muito estranha mesmo.
- Então eu fico fora por um dia para arrumar os problemas do senhor – ela disse apontando para o Tom que na mesma hora soltou minha mão – e olha o que acontece. E quanto a você Marina, estou muito decepcionada, e vamos ter que ter uma séria conversa mais tarde, só eu e você. – eu sabia que essa conversa não seria nada amigável, mas era necessária, poxa tudo bem que ela gostava dele, mas ele não gostava dela, ele gostava de mim, e ele deixou isso muito claro hoje.
- Nana quer saber, eu não estou no clima, não quero estragar meu dia que foi tão bom. – eu disse olhando para o Tom e dando um sorriso. Ele sorriu para mim e me deu um beijo na bochecha.  – eu vou dormir porque amanhã eu tenho aula cedo. Então boa noite para vocês. – eu disse indo para o meu quarto, quando cheguei na porta senti a mão de Tom no meu ombro. Me virei e ele me deu um beijo daqueles de tirar o fôlego. Eu sabia que eu já estava ferrada com a Mariana mesmo, então eu aproveitei e o beijei com a mesma intensidade.
- Boa noite linda. – ele disse assim que nos afastamos um do outro.  Eu sorri e dei um rápido beijo em sua boca.
- Te vejo amanhã? – perguntei  baixo para que Mariana não pudesse escutar
- Quem sabe eu não te faço uma surpresa como a de hoje? – ele sussurrou
Eu apenas sorri e segui para o meu closet para colocar meu pijama e ir dormir. Antes de me deitar, escutei meu celular apitar. Quem poderia ser?
Espero que você tenha tido um ótimo dia no trabalho, quando podemos nos ver de novo? Boa noite. Joseph XOXOXO
Depois de tudo que aconteceu hoje com o Tom, eu tinha esquecido do Joseph, eu me senti muito mal nesse momento, eu queria dizer alguma coisa para ele, mas eu não conseguia pensar em nada para respondê-lo, ele era tão bom para mim, decidi que ia dormir primeiro e depois pesar melhor sobre o que falar para ele. Logo que deitei na cama eu dormi, mas no meio da noite eu acordei com a cama se mexendo, era ele, Tom tinha vindo, como ele me tinha falado mais cedo. Quando ele se deitou ele chegou perto de mim e me deu um beijo no meu ombro, eu me aconcheguei perto dele, seu corpo se encaixava tão bem com o meu. E com esse pensamento dormimos. Só acordamos quando meu despertador (irritante) tocou, e cara eu tenho que confessar que eu sou muito mal humorada pela manhã, mas quando eu olhei para o lado, meu humor mudou rapidamente, e um sorriso surgiu em meu rosto. Não tenho certeza se ele estava dormindo ou se também tinha acordado com o barulho do meu celular, mas preferi deixar ele como estava. Levantei, fui ao banheiro e depois fui para o closet escolher minha roupa, tinha esfriado consideravelmente dos dias anteriores, eu tinha escolhido o que vestir, olhei para minha cama e o homem que ali estava deitado parecia continuar a dormir então tirei meu pijama ali no closet mesmo.
- Eu posso me acostumar a acordar com essa vista todos os dias. – ele disse com a voz ainda sonolenta e com a cabeça erguida do travesseiro.
Eu nem preciso falar que eu fiquei vermelha na mesma hora, peguei o cachecol que iria enrolar no meu pescoço, fiz uma bola e taquei nele, rindo. Ele o pegou no ar, e o levou em direção a seu rosto e cheirou aquele pedaço de pano.
- Sabe, seu cheiro é muito bom. – ele estava olhando fixamente para mim e sorrindo. Ele estava querendo me matar de tanta alegria só pode.
Terminei de me arrumar, e fui até a cama para pegar meu cachecol que ele ainda estava cheirando.
- Tom me passa o cachecol, preciso ir para a aula – eu disse esticando minha mão na sua direção, eu estava em pé ao lado da cama. Ele nem me olhou, continuava com os olhos fechados “sentindo meu cheiro”. – Vamos Tom eu preciso ir, se não vou me atrasar – ele finalmente abriu seus olhos, e me estendeu sua mão que segurava meu cachecol. Quando eu o peguei, ele me puxou em sua direção, eu cai na cama por cima dele, eu tive que rir, porque por essa eu realmente não esperava, ele distribuía inúmeros beijos no meu rosto até chegar na minha boca, ele me segurava pela cintura e me puxava para junto do seu corpo
- Você realmente tem que ir na aula hoje? – ele disse entre pequenos beijos – Acho que a gente podia ficar aqui, na cama o dia todo – não vou negar que a ideia realmente me passou pela cabeça, estava tão bom, e a cada beijo que ele me dava eu sentia mais calor, mas eu precisava ir a aula.
- Eu adoraria ficar Tom, mas eu realmente tenho que ir, tenho que garantir o meu futuro como diretora de cinema – disse, fazendo uma força gigantesca para me afastar dele, não porque ele estava me segurando muito forte não, era mais porque eu também queria ficar ali com ele, para sempre, se possível. Depois de mais algum tempo eu consegui me afastar dele.
-Ei, espera eu te levo de carro, já vou ficar muito tempo longe de você – ele levantou da cama rindo, e foi aí que eu percebi que ele só estava usando uma calça de pijama, que caia muito bem nele, aquela era uma visão super sexy. Tive que juntar todas as minhas forças para não me jogar em cima daquele homem e voltar para a cama com ele.
Eu estava esperando na sala, o quarto da Nana estava com a porta fechada, e eu sabia que mais cedo ou mais tarde eu ia ter que encarar a fera, eu não queria, mas não ia ter outro jeito, afinal, ela era minha melhor amiga, não podíamos ficar brigadas por tanto tempo, estava perdida em meus pensamentos quando Tom voltou e ele estava muito lindo, com sua calça jeans, blusa gola V azul clara e um casaco de couro – Marina por favor não babe.
- Gosta do que vê? – ele disse com um sorriso bobo no rosto e claro, eu corei e concordei com a cabeça, acho que eu não conseguia formar uma frase no momento, então peguei sua mão e seguimos para fora de casa.
Fomos para a garagem, e em tempo recorde cheguei na faculdade. Antes de eu sair do carro, ele me deu um beijo, e tenho que dizer que tive vontade de voltar para casa com ele.
- Te vejo mais tarde baby – ele disse colocando uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha. Dei um ultimo beijo nele e sai do carro, eu ainda estava meio desnorteada com tudo que estava acontecendo comigo.
E foi aí que eu lembrei da mensagem de Joseph, eu tinha que responder ele, mas como? Eu não queria magoar ele, eu gostava dele, de verdade, peguei meu celular e li a mensagem de novo, decidi que tinha que responder alguma coisa para ele, ele merecia isso.
“Vamos marcar alguma coisa, não vai poder ser agora porque eu estou apertada com trabalhos e provas da faculdade, mas daqui a uma semana a gente pode combinar alguma coisa. Nina”
Assim que apertei o enviar no celular minha professora chegou. Estava na hora de me “concentrar”.
Tom’s p.o.v
Eu não sei o que era isso, eu nunca tinha ficado assim tão bobo com uma mulher, e estavamos falando da Marina, ela era 11 anos mais nova do que eu, ela ainda era uma menina, mas eu gostava dela, e como.
No caminho de volta para a casa dela, passei em uma Starbucks para comer alguma coisa, uma vez que eu não tinha tomado café da manhã, o que me fez pensar que minha menina também não tinha tomado café, e aquilo me deixou um pouco preocupado, dizem que o café da manhã é a refeição mais importante do dia e pelo segundo dia ela não tinha tomado café da manhã.
Cheguei na casa das meninas, e eu ainda estava sorrindo, as imagens da minha manhã ainda estavam muito fresca na minha cabeça, e principalmente, eu ainda podia sentir seu cheiro.
Entrei no apartamento e foi como um balde de água fria. Mariana estava sentada no sofá da sala, eu nunca tinha visto ela com aquela cara, ela parecia mais que brava, ela estava irada. Por um segundo eu fiquei com medo dela.
- Acho que está na hora do senhor voltar para casa, a poeira já abaixou, e eu passei em frente sua casa ontem e não tem mais nenhum fotografo lá, esta tudo certo, você está liberado. – seu tom de voz era seco, mas o que ela falou me afetou, eu não estava preparado para voltar para casa, eu estava gostando do meu tempo com a Nina, pela segunda vez eu acordei com ela ao meu lado, e eu estava feliz.
- Você acha isso mesmo, eu acho que deveria esperar mais um tempo, você sabe, só para ter certeza... - ela não me deixou terminar minha frase
-Eu tenho certeza que você pode voltar para SUA casa, você não precisa ficar aqui no meu pequeno apartamento mais, chegou a  hora de voltar para sua vida. - ela falou, sua voz era autoritária
- Ok, ok se você quer assim, tudo bem eu vou para casa - disse passando pela sala, indo para o quarto que não seria mais meu - Mas me responde uma coisa, isso é só pelo caso do vídeo, ou por eu estar ficando com a sua amiga? - digamos que nesse momento eu não estava muito feliz 
- Eu só estou tentando cuidar da sua imagem Hiddleston - ela disse apontando para mim, seu rosto já estava vermelho
- Tem certeza que é disso que você está cuidando Mariana? Por que no momento eu tenho minhas dúvidas.
- Eu só estou fazendo o meu trabalho Thomas, eu sei o que eu faço.
- Eu não sei se é isso mesmo que você está fazendo, eu acho que você está querendo mandar em coisas que você não deveria. Acho que você está brava porque eu estou com a Nina e não com você - eu sei que passei dos limites, mas ela me irritou de verdade

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Desculpas

Pessoal mil desculpas mesmo por estar sem postar, mas eu estou estudando de manhã e trabalhando até de noite então está meio puxado para escrever nos dias de semana, MASSS nos fins de semana eu garanto que vocês terão postagens novas!
Beijos

domingo, 4 de novembro de 2012

Cap. 7



Nina p.o.v
Nosso almoço foi ótimo, conversamos e rimos bastante. No fim Joseph me levou para a loja onde eu trabalhava. Me levou até a porta e se despediu de mim com um beijo. Não vou mentir, eu gostava dele, mas por algum motivo eu não conseguia esquecer o Tom, mesmo depois de tudo ele não me saia da cabeça, e essa manhã quando vi ele na minha cama dormindo comigo, bom no começo eu fiquei brava, mas agora a verdade era que eu tinha gostado de acordar e olhar para ele, ele parecia feliz e isso me fez sorrir.
Mas agora era hora de trabalhar, então tentei tirar toda essa questão de homens da minha cabeça e me concentrar nos clientes.
Meu expediente tinha acabado, era hora de pegar o metro para ir para casa, ao menos era isso que eu tinha em mente, mas quando eu sai da loja dei de cara com um Tom, de calça jeans escura, uma blusa azul marinho de gola V e uma jaqueta de couro, encostado no carro. Engraçado, era a segunda vez que eu passava por essa situação hoje.
Quando ele me viu ele desencostou do carro e veio até mim, até porque eu estava parada, congelada para ser mais exata, e não era só pelo tempo que tinha esfriado consideravelmente.
- Boa noite. – ele disse beijando minha mão. – espero que tenha gostado da surpresa, foi meio difícil fazer a Mariana falar onde eu ia te encontrar, mas eu preciso falar com você.
Ele disse me olhando nos olhos com tanta intensidade que eu tremi, e ele percebeu, ele tirou sua jaqueta e a colocou em meus ombros, e seu braço ficou no meu ombro então ele estava meio que me abraçando e assim me conduziu até seu carro. Ele abriu a porta para mim, eu entrei e ele fechou a porta, depois ele (literalmente) correu para o seu lado do carro. Eu não estava entendendo nada, ele estava sendo um perfeito cavalheiro, mas o que eu sabia, era que estava gostando.
Antes de começar a dirigir ele se virou para mim, tirou um pouco de cabelo que por causa do vento estava no meu rosto. E quando sua mão tocou em minha pele eu fechei os olhos.
- Meu plano era sair daqui e te levar para jantar, mas como eu percebi, você está com frio, então eu vou te levar para casa, para que você coloque uma roupa mais quente e então nós saímos ok!? – eu ainda estava sem entender o que estava se passando com ele, então apenas concordei com a cabeça. – Jura que você vai ficar calada a noite toda? – ele perguntou me dando um sorriso que eu respondi com outro sorriso
- Não, prometo que não vou ficar calada o tempo todo, é só que você me pegou de surpresa, e eu estou tentando entender o que está acontecendo com você para estar sendo assim tão gentil.
- Ai, essa doeu. – ele me olhou fazendo beicinho, e eu ri. – Ok, se você quer saber o que está acontecendo eu vou te contar. Eu estou profundamente arrependido por ter bebido ontem, por que se eu não tivesse feito isso, provavelmente as coisas entre nós estariam diferentes. – eu podia até dizer que ele estava triste nesse momento, porque quando ele olhou para mim, era como se o brilho que ele tinha sempre ao seu redor tivesse diminuído.
Preferi não falar nada, até por que eu não sabia o que falar. Sim eu estava chateada por toda aquela coisa da loira, mas a noite ele falou que queria ter estado comigo e não com ela, e eu sei que ele tinha falado a verdade.
Quando chegamos em casa fui direto para meu closet, tinha que trocar de roupa, então eu me dei conta que não tinha a mínima ideia do que vestir, uma vez que não sabia onde íamos. Fui perguntar ao Tom, o que eu não esperava era que ele estava no meu quarto, olhando minhas fotos, ele virou para mim, e depois voltou sua atenção para as fotos.
- Você nunca deveria parar de sorrir, seu sorriso ilumina seu rosto, e te faz ficar ainda mais linda do que você já é. Mas essa aqui – ele disse apontando para uma foto que foi tirada na minha despedida do Brasil, eu estava feliz, mas também estava triste de deixar meus pais e meus amigos, então ao mesmo tempo que eu estava sorrindo, eu estava chorando. – é de longe a minha preferida, demonstra quem você realmente é, uma mulher forte mas ao mesmo tempo doce e sensível. – ele disse sorrindo, e eu também sorri nesse momento ele tinha ganhado muitos pontos comigo por ter me decifrado de maneira tão bonita.
- Também é a minha favorita, foi o dia que eu me mudei para Londres, eu estava muito feliz, mas despedidas sempre me deixam triste, ainda mais quando se tem que dizer adeus as pessoas que você mais ama.
- E essas pessoas seriam seu pai – ele disse apontando para meu pai ao meu lado na foto – sua mãe, e seu ... seu namorado – ele disse essa última palavra com certa raiva em sua voz, ele olhou para mim depois de um tempo esperando uma confirmação de minha parte, mas eu apenas neguei com a cabeça, e eu juro que eu vi o canto de sua boca de levantar em um pequeno sorriso.
- Esse é o meu irmão, eu já tinha terminado com meu namorado quando meus pais concordaram em me deixar morar aqui. Mas mudando de assunto – disse me virando para ele – Onde nós vamos, porque eu não sei o que eu devo vestir.
- Onde nós vamos é surpresa, mas pode colocar uma roupa normal mas quente, lá não é muito chique não, mas nossa mesa é ao ar livre. – ele disse sorrindo, e aquele sorriso estava cada vez mais lindo. Concordei com a cabeça e voltei para o closet, coloquei minha roupa.
Quando saí, Tom estava deitado em minha cama, segurando minha Minnie com roupinha da bandeira da Inglaterra. Não aguentei e sorri, ele estava mudando minha imagem de cara durão que pega todas, para uma pessoa que luta pelo que quer.  
- UAU, como você consegue ficar linda em qualquer roupa que você coloca? – ele me tirou dos meus devaneios. E depois desse comentário nem preciso dizer que meu rosto estava da cor do meu casaco nesse momento. – Então, vamos? – ele disse levantando da cama, e pegando minha mão.
No caminho ele perguntou se poderia colocar uma musica, e claro que eu deixei, sempre fui viciada em musica, o que eu não esperava era ele colocar aquela musica que dizia tanta coisa,  ele cantou junto o refrão de “I can´t make you love me” do Bon Iver. Eu estava de boca aberta, não tinha certeza se a musica tinha a ver com a nossa situação, mas se encaixava bem. Antes da música acabar, paramos em um sinal vermelho, ele se virou para mim e cantou as ultimas linhas da musica olhando nos meus olhos “'Cuz I can't make you love me If you don't”. Depois disso eu já não queria saber de mais nada, só queria aquele homem que estava na minha frente. Inclinei meu corpo em direção ao dele, eu queria sentir sua boca na minha mais uma vez, mas quando eu estava quase lá o sinal abriu e os outros carros começaram a buzinar para que a gente passasse o sinal. Tom parecia que tinha saído de um transe, sacudiu a cabeça e colocou o carro em movimento, eu estava decepcionada, eu queria ter beijado ele, mas também estava um pouco envergonhada, então me contentei em olhar pela janela do carro, Londres era ainda mais linda a noite. Eu estava pensando em tudo que tinha acontecido quando senti sua mão na minha coxa, seu dedão estava fazendo carinho na minha perna.
- Tudo bem com você? – ele perguntou desviando o olhar da rua para mim, fiz que sim com a cabeça e lhe dei um pequeno sorriso.
Paramos em frente a um restaurante que eu nem sabia que existia. Tom abriu a porta para mim, me deu a mão e entramos. Nossa messa era em uma área aberta, onde era iluminada apenas por velas. Tom puxou a cadeira para mim e depois foi para seu lado da mesa.
Depois de alguns minutos decidindo, pedimos nossos pratos. Tom pegou minhas mãos por cima da mesa
- Nina, eu sei que o que eu fiz ontem foi muito, muito errado mesmo, e eu quero te pedir desul.. – coloquei minha mão sobre sua boca, ele não precisava falar mais nada, eu sabia que ele estava arrependido, então apenas balancei minha cabeça concordando
- Não precisava falar mais nada, vamos fingir que nada aconteceu, nós estamos nos conhecendo agora. Prazer meu nome é Marina, mas pode me chamar de Nina. – disse rindo, e ele estava com aquele sorriso imenso aberto para mim, e sim eu estava me derretendo por esse homem
- O prazer é todo meu linda dama, meu nome é Thomas, mas por favor me chame de Tom.
Logo nossos pratos chegaram, e tudo estava uma delicia, principalmente a companhia. Já se passava das dez quando Tom pediu a conta, estava pegando minha bolsa quando escutei.
- O que a senhorita acha que vai fazer?
-  Pagar a minha parte da conta? – eu respondi, mas estava em duvida se devia ter feito isso, uma vez que ele fez uma cara de bravo para mim
- Assim você me ofende, eu te convidei, eu pago.
Sim, nós ainda brigamos um pouco por causa da conta, mas no final das contas ele pagou tudo, mas eu o fiz prometer que da próxima vez que saíssemos juntos eu pagaria.
Tom p.o.v
A noite estava sendo ainda melhor do que eu tinha imaginado, mas as surpresas ainda não acabavam por aí, ela merecia mais, e como eu tinha pisado feio na bola, eu faria mais.
Antes de chegarmos no carro me virei para ela.
- Preciso que você confie em mim, ainda tenho mais uma coisa esperando por  você, mas eu preciso que você coloque isso sobre seus olhos. – eu disse tirando uma venda que eu tinha comprado hoje a tarde enquanto planejava o nosso encontro.
Ela fez uma cara de dúvida muito engraçada, mas concordou. Puz a venda em seus olhos, e me certifiquei que ela não estava vendo nada, assim que o fiz, dei um beijo nela, eu estava doido por esse beijo desde quando ela tentou me beijar mais cedo no carro. Tive que ter muita força de vontade para não aprofundar o beijo, mas eu sabia que ela ia adorar a próxima surpresa então, era por um bom motivo.
Quando chegamos ao nosso destino, estacionei o carro, a ajudei a sair do mesmo, fizemos todo o caminho de mãos dadas, e entramos na cabine. O frio tinha ficado do lado de fora, então tirei seu casaco, e depois tirei sua venda. Demorou um pouco para ela perceber onde estávamos mas quando ela abriu aquele lindo sorriso eu sabia que ela tinha gostado.
- Tom você me trouxa na Londo Eye? Isso é lindo, eu só estive aqui de manhã, nunca a noite. – enquanto ela dizia eu não pude deixar de olhar para o seu sorriso que não diminuía com o passar do tempo. Ela estava ainda mais linda. – Obrigado Tom isso é mais do que eu podia imaginar. – ela disse e veio em minha direção para me dar um abraço.
Ela se soltou de mim, mas eu não queria ficar longe dela, então enquanto ela estava vendo a vista, a abracei por trás  Eu era bem mais alto que ela então eu tive que me curvar para conseguir dar um beijo no seu pescoço. Assim que o fiz, ela se virou para mim e eu pude dar o beijo que eu queria lhe dar desde o dia em que nos conhecemos.