domingo, 25 de novembro de 2012

Cap. 11


Tom’s p.o.v
Quando eu acordei, Nina estava toda enrolada comigo, a sensação era boa, mas eu me assustei com a reação do meu corpo a ela, digamos que eu estava bem “animadinho” mas eu não podia fazer nada, ela ainda estava muito triste, o que explicava o molhado na minha blusa onde seu rosto estava apoiado.  Era melhor eu me levantar e tomar um belo de um banho gelado para poder pensar melhor.
Me soltar dela não foi uma tarefa fácil, até porque eu não queria sair da cama.
Depois de uma banho frio, fui fazer nosso café da manhã, eu não sabia o que ela gostava de comer, uma vez que eu nunca a tinha visto comer de manhã. Mas decidi fazer panquecas com mel e bacon para dois.
Voltei para o quarto com uma bandeja com a nossa comida, quem sabe um bom café na cama não a deixaria um pouco mais feliz. Ela estava sentada na cama falando ao celular, e eu me senti melhor, ela estava sorrindo, eu não sabia o que estava acontecendo, porque ela falava em outra língua que deveria ser o português. Quando ela me viu parado na porta ela sorriu ainda mais, e lá estava o brilho que seus olhos tinham perdido desde ontem. Coloquei a bandeja no móvel que ficava em frente a cama, e fui para o seu lado, me deitei de lado, segurando minha cabeça com as mãos, ver seu sorriso me fazia sorrir, eu estava curioso, mas ela ainda falava no celular.
Quando ela desligou o aparelho, ela começou a pular como uma louca, eu não estava entendendo nada, mas vê-la assim era bom, e me fazia gargalhar, me deitei de costas na cama, colocando um braço para cobrir meus olhos, e senti o peso de seu corpo em cima do meu, ela também estava rindo, eu a abracei e ela distribuía beijos por todo meu rosto, como aquilo era bom.
- Ok, eu estou adorando isso tudo, mas você se importaria de me falar o que está acontecendo? – coloquei minhas mãos do lado do seu rosto
- A Nana acabou de me ligar, a mãe dela está melhor, ela ainda está no hospital, mas está melhor – ela me deu um beijo rápido e levantou da cama – isso é para a gente? – ela estava apontando para as panquecas que eu tinha feito, ela continuava sorrindo como uma criança no dia de natal – porque por incrível que pareça, eu estou com fome pela manhã, acho que pela primeira vez em anos.
- Enquanto você dormia, eu fui a cozinha e fiz essas panquecas para a gente, pelo visto eu agradei – levantei da cama e fui em sua direção – era para eu ter te acordado com um beijo e nós tomaríamos café na cama, mas você já não estava mais dormindo, o que atrapalhou meus planos senhora Marina – eu a abracei, ela continuava sorrindo, e então ela mordeu o seu lábio inferior, e cara aquilo me balançou.
- Ok senhor Thomas, nós podemos fazer do seu jeito, volta lá para fora que quando você voltar eu vou estar dormindo naquela cama e você pode fazer tudo como você planejou.
- Nina, a gente não precisa
- Anda logo Tom – ela estava indo para a cama
Só mesmo ela para fazer uma coisa assim, aliás, acho que eu faria tudo que ela me pedisse. Então eu saí do quarto com a bandeja na mão, e depois de alguns segundos voltei, ela estava deitada, e realmente parecia estar dormindo, fui devagar em direção a cama, coloquei a bandeja no meu lado da cama, me inclinei na direção dela e a beijei, me afastei dela e ela ainda estava de olhos fechados, mas estava sorrindo
- O que foi Nina? – eu já não estava entendendo nada
- Eu acho que preciso de mais beijos para acordar, sabe o que é, meu sono é muito profundo – ela continuava de olhos fechados e rindo, então a beijei de novo, e de novo e de novo – Ok, acho que já estou bem acordada agora – ela se sentou na cama e me olhava sorrindo, e eu não conseguia parar de olhar para ela, como eu senti falta de ver ela sorrindo – Tom, será que a gente poderia comer? Eu estou com fome
- Claro minha linda, vamos comer.
Depois de alguns minutos não tinha sobrado nada do nosso café, ela sorriu durante todo o tempo, como ela era linda, quando acabamos, tivemos uma pequena discussão  porque novamente ela queria lavar os pratos, mas isso não afetou em nada seu bom humor, ainda bem. Decidimos assistir um filme antes do almoço, eu tinha ido fazer pipoca e ela foi para a sala para escolher um filme, quando eu voltei para a sala, ela não estava com uma cara muito feliz
- O que foi Nina?

Nina’s p.o.v
- Eu esqueci que eu tinha aula hoje – ele se ajoelhou na minha frente e me olhou com uma cara estranha e depois começou a rir – O que foi Tom, porque você está rindo? Isso não é engraçado.
- Poxa Nina achei que alguma coisa séria tinha acontecido – ele estava rindo, se levantou e se jogou ao meu lado no sofá pegando o balde de pipoca que ele tinha deixado em cima da mesa.
- Tom isso é importante, é do meu futuro que estamos falando aqui – como ele podia não entender isso
- Nina, tudo bem, um dia não vai estragar o seu futuro, acredite em mim, quando eu estava na faculdade eu faltava muitas aulas porque eu ia para as festas a noite, e olha para mim agora, sou um ator conhecido mundialmente – ele sorriu, eu acho que ele tinha razão, mas eu não gostava de faltar a aula.
- É, você tem razão – tirei todas essas pequenas preocupações da minha cabeça, um dia não ia matar ninguém, e nem estragar o meu futuro – Eu escolhi o filme para a gente – peguei o filme que eu tinha escondido atrás da almofada – Escolhi “Os Vingadores”
- A não Nina, de novo não, você já viu esse filme –ele falou pegando o filme da minha mão
- Mas eu nunca vi ele todo de uma vez só, e ver você como Loki é........ bom você fica sexy sendo o cara mal – eu tenho certeza que eu fiquei vermelha, então levei a almofada para a frente do meu rosto.
- Então quer dizer que você me acha sexy sendo o vilão? – ele me olhava de uma forma tão intensa que eu ficava cada vez mais vermelha, eu conseguia sentir minha bochecha fervendo -  Ok, então vamos ver o vilão sexy aqui atuar. 
Ele colocou o filme, e me puxou para ficar colada nele, eu passei minhas pernas por cima das dele e encostei minha cabeça no seu ombro.
O filme já tinha passado da metade, mas era muito bom, eu não queria que acabasse.
- Você reparou que você apanhou mais do que todos nesse filme? – perguntei rindo
- Isso que dá ser o vilão meu bem – ele depositou um beijo no topo da minha cabeça
Quando o filme acabou já era quase hora do almoço, e eu conheci a Rose, e pelo cheiro, nosso almoço seria muito bom, ela tinha feito frango com batata, e realmente estava muito bom. Como era bom não ter que preocupar com o que fazer para almoçar. Quando acabamos nosso almoço, fomos para o quarto de Tom, na noite passada eu não consegui dormir muito bem, então precisava repor minhas energias.
- Tom, sabe de uma coisa, já que eu estou quebrando minhas regras, eu acho que não vou para o trabalho, não estou afim de escutar as clientes reclamando que as roupas não ficam boa nelas e blá blá blá. – falei enquanto pegava meu celular e indo me deitar na cama
- Sabe uma coisa que eu não entendo é o porque você trabalha em uma loja de roupa, você tinha que procurar um emprego no ramo do cinema já  que você quer ser diretora. – ele estava no closet colocando uma roupa para dormir comigo, e voltou com apenas uma calça de pijama baixa que era de tirar o folego.
- Na verdade, foi o único emprego que eu consegui quando eu me mudei para Londres, eu até enviei meu curriculum para alguns estúdios mas nenhum me respondeu, então foi por isso que eu continuei no emprego. – eu expliquei enquanto ficava maravilhada com seu corpo
- Meu bem, eu posso te ajudar com isso, eu conheço... – coloquei minha mão sobre sua boca para que ele não continuasse falando
- Nem em sonhos, eu quero conseguir um emprego nesse ramo, mas quero que seja por meu esforço.
- Ok, não está mais aqui quem falou. – ele se jogou ao meu lado na cama.
Liguei para a loja que eu trabalhava e falei que não iria conseguir ir trabalhar hoje, a dona ficou muito brava comigo, e me demitiu. Não posso falar que eu fiquei triste, mas feliz eu também não fiquei. Contei para Tom o que aconteceu e ele me abraçou, e assim dormimos.

 Tom’s p.o.v
Eram 15hs quando eu acordei, Nina continuava dormindo ao meu lado, e ela estava sorrindo. Aquela cena era hipnotizante, eu podia ficar vendo ela dormir durante toda a tarde. Ela falou alguma coisa que eu não consegui entender, ela falava dormindo, o que era ainda mais fofo. Me aproximei dela para tentar entender o que ela fosse falar. As palavras eram incompreensíveis, mas algumas coisas eu conseguia entender como um “para”, “você é muito engraçado” entre outras coisas, até que eu escutei uma coisa que eu não sabia como reagir.  

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