Tô sabendo que o capítulo ficou grande, mas de vez em quando eu começo a escrever e não consigo parar. Aproveitem e deixem um comentário falando o que vocês estão achando da história
Beijos
Nina’s p.o.v
Como eu pude ter essa sorte? Eu achei um cara super
fofo e que cozinha bem, ao menos o cheiro está muito bom.
Eu estava sentada em um banco alto que ele tinha na
bancada dividindo a cozinha da sala, por mais que eu tentasse ou pedisse para
ajudar ele, ele não me deixava fazer nada além de ficar quieta no meu banquinho
tomando meu vinho e observando aquele homem que em tão
pouco tempo, tinha se tornado tão especial e essencial para mim.
- Como eu consegui um homem como
você? -perguntei girando um pouco a cabeça para o lado como um
cachorrinho.
- Sabe - ele disse de afastando do
fogão e vindo em minha direção - eu estava me fazendo a mesma pergunta, por que
você está, quer dizer, você é - ele me deu um beijo rápido - linda - mais um
beijo - inteligente - mais um - divertida - e mais um.
Por mais que eu estivesse gostando,
eu senti um cheiro que eu já estava acostumada, cheiro de queimado
- Tom, querido, eu não queria quebrar
o clima, mas acho que tem alguma coisa queimando. - ele abriu os olhos bem
rápido, falou um palavrão e virou correndo para o fogão.
- shit, shit, shit, nossa carne já
era baby - ele disse pegando um pirex do fogão
- O que acontece com a gente? Dá
última vez que eu fui cozinhar para você, eu queimei nosso macarrão, e
agora você queimou a carne. - ele desligou o macarrão e o molho e veio em minha
direção mais uma vez
- eu acho que o que acontece é que um
distrai o outro demais meu bem. - ele me deu um beijo daqueles de cinema, e
voltou para o fogão, ele me serviu uma porção grande de macarrão, e uma para
ele, em Em seguida, ele seguiu com os pratos na mão para um outro cômodo
da casa, e eu quase tive um ataque cardíaco quando eu entrei na sala, ela
estava toda iluminada por belas, e pela janela era possível ver um pedaço da
Londo Eye ao longe. Tenho que admitir que eu me derreti, e fiquei muito
emocionada também, ninguém nunca tinha feito nada parecido com isso
antes para mim.
- Você gostou? - eu era capaz de
sentir a preocupação dele em sua voz. Eu abri um sorriso e um lagrima solitária
rolou pelo meu rosto, ele largou os pratos na mesa e veio correndo para mim - O
que foi meu bem? Você está chorando, fala para mim o que esta acontecendo, as
velas foram demais? Se esse for o caso eu posso... - não deixei ele
terminar a sua frase e o beijei, da mesma maneira que ele tinha feito
quando nos encontramos hoje mais cedo.
- Está tudo perfeito honey, e que
nunca ninguém fez nada nem parecido com isso para mim, eu nunca ganhei nem uma
rosa dos meus antigos namorados, e você me faz um jantar a luz de velas na
primeira vez que eu venho na sua casa. Isso - eu disse apontando para a sala em
geral - É muito mais do que eu podia esperar - outra lagrima correu pelo meu
rosto.
Ele limpou minha lagrima com seu
dedo, e depois me deu um beijo onde ela estava antes dele a secar.
- Eu vou fazer tudo que
puder para agradar você meu bem. Mas agora, vamos comer!
O macarrão estava incrível, ele
realmente sabia cozinhar, o que era bom para o nosso relacionamento. Depois do
jantar, eu levantei, peguei meu prato, minha taça, e fui para pegar o prato
dele.
- Posso perguntar o que a senhora
está fazendo? – ele perguntou segurando minha mão e levantando as sobrancelhas.
- Você cozinhou, nada mais justo que
eu lavar tudo. – para mim isso era uma regra básica e bem simples.
- E você realmente achou que eu iria
deixar você lavar alguma coisa na minha casa? – ele me olhava como se ele não
acreditasse no que eu estava fazendo.
- Eu espero que sim, porque é isso
que eu vou fazer. – mostrei a língua para ele, que jogou a cabeça para trás
para rir, e foi nesse momento que eu soltei minhas mãos das dele e peguei seu
prato e praticamente corri para a cozinha. Mas minha fuga não durou muito, uma
vez que ele veio por trás de mim e me abraçou quando eu cheguei à pia.
- Meu bem, você não vai fazer nada
disso – ele pegou a louça que estava em minha mão colocando-a na pia – é pra
isso que eu pago a Rose, ela mantem a casa em ordem, para que eu possa curtir a linda mulher que está aqui
comigo.
Sim ele me convenceu, alias, acho que
ele me iria me convencer de qualquer coisa nesse momento.
Levantei minhas mãos, com o gesto que
eu estava me rendendo, e ele me deu um beijo no pescoço, o que me fez arrepiar,
e encostar meu pescoço no seu peito, o que facilitou para ele distribuir
beijos por todo o meu pescoço e depois ele desceu para meu ombro. Eu me sentia
nas nuvens.
E do mesmo jeito como ele começou,
ele se afastou de mim passando as mãos pelo cabelo.
- Tom? Está tudo bem com você? – ele
parecia atordoado, mas ele me deu um sorriso fraco e rápido
- Eu estou ótimo querida, mas ficar
perto de você dessa forma é muito tentador, e eu não quero ir rápido demais,
você é muito importante para mim – ele disse pegando minhas mãos e beijando-as.
– eu não sei o que eu faria se você se assustasse e fosse embora.
- Tom – soltei suas mãos e com o dedo
no seu queixo, levantei sua cabeça – eu não me assusto tão fácil assim – dei um
beijo rápido nele.
Escutei meu celular tocar ao fundo, dei
mais um beijo nele e fui para a sala onde eu tinha deixado minha bolsa. Quando
vi quem estava ligando eu me assustei, e vi Tom olhando para mim, preocupado se
estava acontecendo alguma coisa. Atendi o celular depois de me recuperar
- Nana, aconteceu alguma coisa? –
perguntei, mas já estava pensando em mil coisas que podiam ter acontecido em
poucas horas
- Nina, eu preciso ir embora – ela
estava chorando o que me preocupou ainda mais
- Embora pra onde amiga? – a
preocupação na minha voz era palpável, e Tom veio para o meu lado
- Embora para casa, para o Brasil –
ela chorou ainda mais quando falou a última palavra, e eu caí no sofá, Tom logo
me abraçou para tentar me confortar mesmo não sabendo o que estava acontecendo,
e ele estava muito preocupado, e como eu não queria ter que contar tudo pra ele
depois, coloquei no viva-voz, mas fiz sinal para ele não falar nada, o que ele
respondeu apenas com um aceno de cabeça
- Amiga me explica, o que está
acontecendo, porque você precisa ir para o Brasil, foi por causa do que
aconteceu hoje? – nesse ponto eu já estava me segurando para não chorar rios,
afinal de contas, ela era minha melhor amiga e companheira de apartamento,
seria muito ruim se ela fosse mesmo
- É minha mãe Nina, ela está no
hospital – posso jurar que eu fiquei branca como um papel ao escutar o que ela
me falava – ela sofreu um acidente e está muito mal, eu tenho que ir embora,
agora, eu estou comprando minha passagem de volta para casa para hoje mesmo, eu
tenho que ir vê-la.
Eu olhei para Tom buscando alguma
ajuda, mas ele estava balançando a cabeça em negação, e quando levantou seu
rosto eu pude ver que ele também estava triste.
Tom’s p.o.v
Eu não acredito nisso, depois de tudo
que eu falei para a Mariana essa tarde, ela ainda tem que passar por isso, e
sua melhor amiga ainda estava aqui comigo, e não com ela para dar força nesse
momento. E foi por consideração a ela que eu puxei a mão da Nina para ela
levantar, eu ia levar ela para casa delas, eu devia isso para elas.
Durante todo o caminho a Marina foi
conversando com a amiga pelo celular, na tentativa de acalmá-la, eu sabia que a
Nina estava a ponto de chorar, mas não escorreu uma só lágrima dos seus lindos
olhos castanhos.
Eu tinha parado na frente do prédio
delas e Nina praticamente pulou do carro, e sussurrou para mim um “te espero lá
em cima”, eu não sabia se era uma boa ideia, mas eu sabia que elas precisavam
de ajuda. Estacionei meu carro na garagem, dei um tempo para que as duas
pudessem conversar e só então subi.
Quando cheguei no andar delas, a
porta do apartamento estava aberta, então entrei para ver que estava acontecendo, achei as meninas no
quarto da Mariana, e vi a Nina ajudando a amiga a fazer suas malas, ela estava muito
branca.
- Olá Tom – Mariana disse fraco,
entre soluços. – Me desculpe por estragar a noite de vocês, mas eu precisava
- Nana, pelo amor, cala essa boca que
nós temos que terminar de fazer essa mala para você pegar seu voo. – Nina disse
brava, como eu nunca tinha visto.
- Tudo bem Mariana, eu nunca vou
querer roubar sua amiga de você, eu sei o quanto ela é importante e especial –
eu disse, ora olhando para a Mariana parada ao lado da cama, e para a minha Nina
que corria de um lado para o outro com roupas na mão.
Depois de alguns minutos duas malas
estavam prontas em cima da cama, eu ajudei a colocar elas no chão e vi a
Mariana se afastar, olhei para a Nina e vi que ela também estava com cara de
quem não estava entendendo nada.
- Nana o que você vai fazer? – Nina
perguntou
- Eu vou ligar para o táxi – Mariana
falou e a Nina balançou a cabeça, como se ela não soubesse o que fazer
- Eu levo você Mariana, eu te devo
essa – ela fez apenas um aceno de cabeça concordando comigo.
Saimos os três do apartamento, quando
chegamos na garagem eu coloquei as malas no porta-malas enquanto as meninas
entravam no carro, a Nina estava no banco do carona e Mariana no banco de trás.
Eu acho que nunca cheguei tão rápido
no aeroporto, deixei as garotas no saguão do aeroporto e fui estacionar o
carro. Quando me juntei a elas, as despedidas já tinham começado, mas a Nina
ainda não tinha deixado nem uma lágrima cair, o que eu não sabia era se ela era
forte mesmo, ou se ela só estava se fazendo de forte para a amiga.
Eu estava me despedindo dela quando
ela falou baixo, só para mim
- Me desculpa, eu sei que eu fui
egoísta, mas agora eu estou vendo que você vai fazer minha amiga muito feliz,
me desculpa, e obrigado por tudo.
Eu apenas apertei ela mais forte, não
era preciso dizer nada.
Ela entrou para a área de embarque
dando tchau para a gente, eu abracei a Nina de lado, eu sabia que ela estava
triste e ia precisar de alguém para dar uma força para ela depois de tudo.
Quando não podíamos mais ver a
Mariana, a Nina desabou, ela começou a chorar compulsivamente, eu a virei para
mim e a abracei forte e coloquei minha testa no topo de sua cabeça, ela estava
apenas sendo forte para a amiga, e agora ela estava liberando tudo que ela
havia segurado por horas.
- Por favor Tom – ela disse soluçando
– não me deixe sozinha agora, por favor – ela disse olhando para mim, e mesmo
chorando ela continuava linda
- Nunca meu bem, nunca.
Decidimos que seria melhor ela dormir
na minha casa por hoje. Todo o caminho do aeroporto até minha casa ela foi
chorando, eu colocava minha mão sobre seu joelho, ou pegava sua mão e a
beijava, para que ela soubesse que eu estava ali. Quando chegamos na minha
casa, ela continuava a chorar, não como antes, mas ainda chorava muito, e
aquilo me doía Peguei um copo de água pra ela, e uma blusa e um short meu de
pijama para que ela usasse. Quando eu a vi, ela estava linda mesmo usando
minhas roupas que ficavam gigantes nela, ela parecia uma boneca, mas no momento
ela parecia mais uma boneca de porcelana, eu estava com receio de fazer alguma
coisa e a magoar ainda mais.
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