terça-feira, 20 de novembro de 2012

Cap. 9



Tom’s p.o.v
Naquela hora eu estava muito bravo, Mariana estava tentando me afastar da Nina de todas as maneiras desde quando eu cheguei aqui, então nem pensei se eu estava sendo muito duro com ela, mas ela era quem trabalhava para mim, e não o contrário
- Olha Thomas eu sei o que eu estou fazendo, eu estou fazendo o meu trabalho, como sempre. – Mariana disse mal olhando na minha cara, e aquilo me tirou ainda mais do sério.
- Quer saber, eu achei que você fosse mais profissional que isso, sim eu estou com a sua amiga, e eu também sei que você tem sentimentos por mim, mas eu achei que você poderia continuar com seu bom trabalho, mas estou vendo que isso vai ser muito difícil para você, então não precisa mais se preocupar com minha imagem – falei entrando no “meu” quarto, parei na porta e olhei para ela que estava parada estática no meio da sala – e pode deixar que eu vou sim para a minha casa, mas não pense que só por eu não estar morando aqui eu vou deixar de ver a Nina, por que isso não vai acontecer. – entrei no quarto, provavelmente eu estava com o rosto vermelho de raiva, peguei todas as minhas roupas e coloquei na pequena mala que eu fiz quando o vídeo foi parar na internet alguns dias atrás.
- O que você quer dizer com “eu não preciso mais me preocupar com sua imagem?” – Mariana perguntou da porta do quarto, por um breve segundo eu olhei para ela e vi que ela não estava mais com tanta raiva, ela parecia estar assustada.
- Mariana – eu estava tentando me acalmar, quando ela não estava surtando comigo, como ela tinha feito a pouco, ela era uma boa pessoa, e trabalhava muito bem também - acho que você não vai ser bom para mim e nem para você se a gente continuar trabalhando junto, então eu estou dispensando você. – percebi que de susto sua expressão passou para tristeza, mas assim seria o melhor para nós. – você logo vai arrumar outro cliente que não vai te fazer passar por tudo que eu estou fazendo você passar, acredite em mim, vai ser melhor assim.
Terminei de colocar as roupas na mala e passei por ela na porta do quarto que por algum tempo foi meu, antes de falar mais alguma coisa com ela, segui para o quarto da Marina, dei uma última olhada por todo ele e parei quando meus olhos chegaram na sua cama, onde a pouco nós estávamos juntos, eu vou sentir falta de acordar com ela ao meu lado. Voltei o caminho para sala para sair daquela casa, Mariana estava sentada na sala, ela parecia não estar acreditando no que estava acontecendo.
- Meu empresário vai falar com você depois para acertar pelo seu trabalho comigo. Até mais. – não olhei para ela, apenas segui para fora daquele apartamento que eu já estava me acostumando a morar. Mas agora era hora de voltar para minha casa.
Nina’s p.o.v
Meu dia tinha sido cansativo, mas eu estava feliz, desde a hora em que eu acordei nada conseguiu me tirar do sério, e eu acho que eu podia me acostumar com isso. No caminho para casa peguei meu celular para mandar uma mensagem para Tom
“Estou no metro, me espera para jantar? Estou com saudade de você. XOXOXOXOXOXOXO.  Nina”
Eu não sei o que esse homem tinha feito comigo, mas eu não parava de sorrir quando pensava nele, como era bom estar com ele, as coisas pareciam fáceis  como se tudo desse certo, eu me sentia segura ao seu lado. O som do meu telefone me tirou do meu mundo de pensamentos para ver que Tom tinha me respondido.
“Podemos jantar na minha casa, já que eu tive que voltar para cá? Também estou com saudades linda, mal posso esperar para te ver de novo depois do meu dia, mas acho que você vai ter problemas com a Mariana. Me fala quando você chegar em casa que eu te pego para a gente jantar. Se você quiser, você pode dormir aqui hoje. Xoxo Tom”
Ele parecia bravo, mas a minha dúvida ainda era maior, por que ele tinha voltado para casa, a Mariana disse que ainda ia demorar para ele poder voltar, será que ele se cansou de morar numa casa com duas malucas? Mas se fosse isso, por que ele estaria me chamando para dormir na casa dele? Eu não estava entendo mais nada nessa história, peguei meu celular e comecei a escrever outra mensagem para ele
“Eu perdi alguma coisa? Porque você está na sua casa? Você está bem, me pareceu que você está bravo, me fala que você não se cansou de mim. Nina”
Nem meio minuto se passou e meu celular apitou
“Sim você perdeu algumas coisas enquanto estava na faculdade, mas eu te conto tudo quando te encontrar para nosso jantar. Eu ainda estou um pouco bravo meu anjo, mas não se preocupe, assim que eu te ver tudo vai passar, e como você pode pensar que eu me cansei de você? E dessa vez você esqueceu dos meus beijos e abraços ao fim da mensagem -> XOXOXOXOXO, Tom”
Eu não consegui não achar graça com o final da mensagem dele. Peguei minhas coisas e sai do metro quando ele chegou na minha estação, eu ainda andava mais alguns quarteirões para chegar em casa, mas passou tudo muito rápido, eu pensava no que poderia ter acontecido, mas não conseguia chegar a nenhuma conclusão. Quando cheguei em casa, estava tudo escuro, o quarto da Nana estava com a porta fechada, bati de leve, tentei abrir a porta mas estava trancada, isso normalmente não acontecia.
- Nana, está tudo bem com você? – perguntei olhando preocupada para a porta, não se escutava nenhum barulho do outro lado – Nana, abre a porta para a gente conversar, o que está acontecendo? – então eu escutei o barulho da porta se abrindo, Mariana parecia ter chorado por um bom tempo pela maneira como seus olhos estava inchados. – O que aconteceu amiga?
Ela custou, mas me contou tudo o que tinha acontecido hoje a tarde, como uma vida pode mudar assim em tão pouco tempo? De manhã estava tudo perfeito e agora o cara que eu estava gostando teve que sair da minha casa, e minha amiga tinha sido despedida. No momento eu estava brava com os dois, mas eu achei melhor não tomar o partido de ninguém, não era minha briga, era dos dois. Nana me olhava esperando que eu dissesse alguma coisa
- Nana, eu preciso que você me entenda, eu não vou me afastar do Tom, eu sei que ele te feriu com tudo que aconteceu, mas eu gosto dele, de verdade, e o problema que aconteceu hoje foi entre vocês, eu não vou  interferir nisso. – seu queixo quase caiu, e ela me olhava com uma cara de quem não está acreditando no que estava escutando
- Eu não acredito, quando eu preciso que você fique ao meu lado você fala que não vai tomar partido de ninguém? Que tipo de amiga você é? – eu sabia que aquilo era a raiva falando, mas me machucou
- Acho que você precisa de pensar por um tempo, assim quem sabe você consiga ver que o que você fez também foi errado e egoísta, e ele também errou em te despedir, mas eu não vou brigar nem com ele, e nem com você, os dois já são adultos para resolverem seus problemas por conta própria. – O que se seguiu foi que Mariana praticamente me expulsou do seu quarto.
Peguei meu celular e mandei uma mensagem para o Tom
“Já estou em casa,  acabei de falar com a Nana, vou tomar banho e posso ir para sua casa, você prefere que eu te encontre aí? Eu posso pegar o metro, por mim não tem problema. XOXOXO Nina”
Entrei no chuveiro e deixei a água levar todos os pensamentos ruins do dia, principalmente da última meia hora. Quando saí escolhi minha roupa peguei meu celular e tinha uma mensagem do Tom
“Nem pense em pegar o metro, eu estou indo te buscar, me fala quando você estiver pronta. XOXOXO Tom”
Ele falando até parecia que o metro de Londres era o lugar mais perigoso para se estar, eu ri pensando que se ele estava assim tão preocupado comigo em Londres, imagina se estivéssemos no Brasil.
“Estou pronta e te esperando, e saiba que eu ando de metro para todos os lugares, não seria nenhum problema ir para sua casa nele. Nina”
Nem um minuto se passou para meu celular apitar
“Pode descer que eu já estou aqui. XOXO Tom”
Antes de saí de casa, passei pelo quarto da Nana, bati na porta e tive que falar com a porta mesmo, uma vez que ela não abriu a porta
- Nana estou saindo, não sei que horas eu voltou, se precisar de mim pode me ligar. – ela também não me respondeu, minha parte de avisar eu tinha feito.
Saí de casa, chamei o elevador, e meu coração pareceu acelerar, e eu senti um frio na barriga, eu estava indo conhecer a casa dele. Eu estava com saudade dele.
Assim que saí do prédio, vi ele já do lado de fora do carro me esperando, vi que ele me olhou dos pés a cabeça e sorriu, e só então veio para perto de mim.
- Você esta cada vez mais linda. – e sem dizer mais nada ele me beijou, um daqueles que até faz o pé levantar, e ao fazer isso, me apoiei mais nele, ele cortou o beijo e me olhou, rindo – O que foi isso? – eu fiquei vermelha
- É que quando o beijo é bom o pé sobe – eu não sabia explicar direito, e eu também não queria explicar, eu estava com fome.
- E seu pé já se levantou antes de mim? – ele perguntou levantando a sombrancelha
- Você quer mesmo conversar sobre meus antigos relacionamentos agora? – encontei minha testa da dele para olhar naqueles olhos de um azul profundo. E foi aí que minha barriga roncou e estragou todo o momento
- Ok, conversamos sobre isso uma outra hora, agora temos que te alimentar meu bem. – ele me levou até a o lado do carro, abriu a porta para que eu entrasse, e me deu um beijo antes de fechar a porta e correr (literalmente) para o lado do motorista.
Durante o caminho trocamos carícias, conversamos sobre tudo o que tinha acontecido hoje, e ele não ficou bravo comigo quando eu falei que não iria tomar as dores de ninguém nessa história, ainda bem, eu não queria brigar de novo sobre o mesmo assunto.
Enfim chegamos a casa dele, era bem grande, mas era ao mesmo tempo aconchegante. Entramos na garagem, ele parou o carro, e correu para meu lado, para abrir a porta para mim. Quando saí do carro, dei um beijo rápido nele, eu gostava dele, e como eu gostava. Ele me abraçou ao seu lado segurando minha cintura e assim entramos na sua casa.
- Como no primeiro dia em que nos conhecemos você quase fez macarrão para mim – eu fiquei vermelha e escondi meu rosto no seu ombro, rindo – eu vou fazer um para a gente, com molho de queijo. – ele disse pegando meu queixo para que eu olhasse para ele.

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