segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Cap. 1



Nina P.O.V
- Nina onde você estava? Corre aqui na sala – foi assim que fui recebida em casa quando chegava de um dos meus raros momentos que eu tinha para não fazer nada.
Que falta de educação a minha, meu nome é Marina, eu no momento moro em Londres com minha melhor amiga (louca) Mariana. Eu estudo cinema, meu sonho é um dia ser uma famosa diretora de filmes, mas enquanto isso não acontece eu trabalho em uma loja de roupa para pagar minhas contas aqui. Meus pais já me disseram inúmeras vezes que querem que eu me concentre mais na minha formação do que em trabalhar, que eles podem me ajudar a pagar tudo e blá, blá, blá, mas o gostinho é bem diferente quando você paga suas coisas com o suor do seu trabalho.
Já Mariana, é formada em relações públicas,ela trabalha com artistas, eu sempre quero saber com quem ela está trabalhando atualmente, mas ela é muito profissional, e nunca me conta, o que já nos rendeu várias brigas. Nos conhecemos na universidade, no Brasil, quando eu ainda fazia publicidade e propaganda, e logo de cara já nos entendemos e nos sentimos bem perto uma da outra, sempre estávamos brincando, rindo, saindo, indo ao cinema e todas essas coisas que amigas/irmãs fazem. E também tínhamos o mesmo sonho – morar em Londres! Quando nos formamos, decidimos que íamos realizar esse sonho, não que tenha sido fácil convencer a todos da nossa ideia, mas depois de muito tentarmos, chorarmos, implorarmos e até muitas apresentações em power-point para nossos pais, finalmente conseguimos. E agora, aqui estamos, eu ainda estudando (¬¬) e ela trabalhando fazendo o que ela mais gosta – não que ela me conte o que ela faz, mas pela cara que ela chega todos os dias do trabalho, dá para ver que ela gosta do que ela faz.
Apresentações já feitas vamos ao dia que muita coisa mudou na minha vida.
- Nina onde você estava? Corre aqui na sala – disse/gritou Mariana
- Calmaaa, eu estava tomando sol lá em baixo, tenho que aproveitar para tirar o gesso nos raros dias de sol nesse país. – era uma das coisas que eu sentia falta do Brasil, e a outra coisa era a comida. Mas quando eu entrava no nosso apartamento era como estar de volta a nossa terra natal. 
- Pera, fica onde você está, preciso conversar com você primeiro – não entendi nada o que estava acontecendo, mas também, eu nunca entendo minha amiga, eu estava escutando ela falar alguma coisa em inglês, e isso estava me deixando curiosa, quando eu ia dar uma espiadinha na sala, trombei com ela. – Você estava tentando espiar dona Marina?
- Eu? De forma alguma – disse já começando a rir, Mariana me olhou dos pé a cabeça – Mas me conta o que está acontecendo e porque você está com essa cara preocupada? Aconteceu alguma coisa?
- Droga, você tinha que estar usando esse vestidoVai deixar as coisas ainda mais complicadas, mas agora não dá mais tempo. Nina você tem que prestar muita atenção no que eu vou te falar agora, você sabe que eu não gosto de trazer trabalho aqui para casa não sabe? – apenas concordei com a cabeça, uma vez que ela parecia realmente abalada – a questão é que, eu estou com meu atual cliente na sala, ele teve alguns problemas com a mídia e não vai poder ir para a casa dele por algum tempo, e aqui estou eu te implorando para me ajudar, eu sei que você o conhece, e que até gosta de mais dele, mas por favor não faça nada que possa me prejudicar. – nessa altura eu já não me aguentava para na cozinha, queria logo ver quem estava na sala, mas ela continuava a me olhar com aquela cara, com medo de que eu fosse fazer alguma coisa muito idiota. – Me dá a sua palavra que não vai fazer nada com ele? Melhor ainda, finge que ele não é ator, que ele é só um amigo meu, e se for difícil resistir pensa que ele é meu namorado ok?! – tive que concordar, mas eu estava ficando preocupada, ela já falou mais do trabalho dela em cinco minutos do que ela falou em todo o tempo que eu a conheço  – Sendo assim vamos lá vou te apresentar a ele. – e assim ela foi na minha frente até chegarmos a sala, e tenho que dizer que a visão daquele homem sentado no meu/nosso sofá me deixou meio tonta. Nana limpou a garganta para chamar a atenção daquele homem que estava em nosso apartamento.
- Marina esse é o Sr. Hiddleston, Thomas essa é minha amiga Marina, ela também mora aqui – ele se levantou e veio em nossa direção, quando chegou na metade do caminho entre o sofá e a Mariana, que ainda continuava em minha frente, parou, eu saí de trás dela e fiz o resto do caminho até ele, e vi seu olhar percorrendo minhas pernas e parando no meu decote, e foi nessa hora que eu entendi a preocupação da minha amiga ao ver minha roupa (ou a falta dela). Estendi minha mão para cumprimentar ele e depois de alguns segundos ele estendeu sua mão, pegando a minha e levando-a até sua boca, e como antigamente, me deu um beijo nas costas de minha mão. Nesse momento só uma coisa me passava pela cabeça -  ele é “namorado” da minha amiga, e eu repetia essa frase como se fosse um mantra pessoal, e que pelo visto usaria bastante a partir de hoje, até o dia que ele deixasse esse apartamento, e eu esperava que isso não fosse acontecer assim tão cedo.
- Prazer te conhecer Marina, mas por favor, me chame de Tom – ok eu me derreti nesse momento
- O prazer é(todo) meu, Tom – eu disse seu nome e percebi o quão bem o som daquelas três letras saiam pela minha boca e tenho que admitir que eu senti minhas bochechas ficarem rosas.
Tom P.O.V
Para um dia que não tinha começado muito bem, estava se tornando cada vez melhor. Pela manhã, saí para dar uma entrevista do filme que eu estava promovendo. Estava tudo indo como combinado até a Mariana – minha RP – me ligar.
- Thomas liga a televisão agora – eu não estava entendendo muito bem o que estava acontecendo, -  mas também eu nunca entendo as mulheres – quando achei o controle do meu camarim liguei a tv e aquilo que eu vi me chocou mil vezes.
- Mariana, eu não acredito que ela fez isso comigo, achei que a gente tinha terminado de uma forma amigável. -  eu ainda não acreditava no que meus olhos estavam vendo. – O que eu devo fazer agora?
- Para a sua casa você não pode vir porque eu passei na porta e está cheio de paparazzi na porta te esperando, o melhor agora é esperar um pouco, e aí sim vamos tomar as devidas providências. – Como ela podia ter feito isso comigo? O que se seguiu eu não lembro muito bem não, mas logo a Mariana chegou no camarim, e pelo que eu entendi estava me levando para casa dela, onde eu poderia ficar escondido dos paparazzi.
Quando chegamos ao apartamento dela eu fiquei impressionado, ela nunca tinha me falado nada pessoal e agora aqui eu estava na casa dela, que era bem grande por sinal. Era um lugar bem aconchegante, e tinha todo um estilo – que eu pude deduzir pela bandeira na parede – era brasileiro. Engraçado para mim a Mariana era Alemã, ela era alta, muito branca, com cabelos loiros e olhos azuis, achei que as mulheres brasileiras tinham mais corpo que ela, e eram mais morenas também. Ela logo me levou até a sala onde tinha um grande sofá preto com uma poltrona que parecia ser bem confortável vermelha ao lado. Na frente tinha uma televisão que ocupava um bom pedaço da parede. Mas em fim eu não estava aqui para inspecionar a casa dela. No momento em que ela ia falar alguma coisa comigo, eu escutei um barulho de porta se abrindo e uma voz encantadora cantando alguma coisa que eu não consegui identificar o que era. E foi nessa hora que a Mariana gritou alguma coisa, cara eu mal tinha entrado nessa casa e já nem tinha ideia do que estava se passando a minha volta. Ela me pediu um minuto e saiu para a cozinha onde a minutos nós estávamos entrando. Não sei o que aconteceu, mas algum tempo depois ela voltou para a sala onde eu estava e me apresentou a uma Marina, mas eu mal via que tinha uma pessoa escondida atrás dela, mas assim que eu levantei do sofá para cumprimentar a outra pessoa, eu tive que parar, e me lembrar como se fazia para respirar, ela era linda e suas pernas, UAU, e aquele decote, duplo UAU, não consegui resistir e não olhar, a tentação era muito grande, e aquela garota eu sabia que era brasileira. Ela logo esticou sua mão para me cumprimentar e eu levei sua mão a minha boca e depositei um beijo ali  sei que pode ser meio brega, mas era uma boa maneira de eu sentir seu cheiro e a doçura de sua pele em meus lábios. Eu mal a conhecia e ela já estava me deixando louco. E quando ela corou ao dizer meu nome, cara esse tempo que eu ficaria na casa da minha RP seria muito longo, mas espero que cheio de boas emoções.

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