sábado, 27 de outubro de 2012

Cap. 3

Miiiil desculpas eu não ter postado ontem, mas para compensar fiz o capítulo de hoje maior e com mais emoção!!! =P


Eu e Tom pulamos cada um para um lado da cozinha ao escutar a Mariana, não que a gente estivesse fazendo alguma coisa errada, mas como ela estava muito nervosa no dia de hoje, eu preferi não dizer nada.
- Nana, amiga, nós só nos empolgamos no ritmo da musica e estávamos dançando, nada de mais. – eu disse dando os ombros, sabendo que mais cedo ou mais tarde ela iria falar horrores na minha orelha, mas no momento eu estava me sentindo muito bem para me preocupar com “pequenos” detalhes.
- Eu te conheço dona Marina, e sei muito bem que isso não só uma dança, você está dando em cima dele. – ela disse em português, o que explica a cara de paisagem do Tom. Mas eu realmente não estava acreditando no que eu estava escutando, foi ele que veio até mim, e foi ela que trouxe ele para nossa casa, então tecnicamente, nada foi minha culpa.
- UAU Mariana, dessa vez você se superou. – eu disse saindo da cozinha
Estava entrando no meu (lindo) quarto, quando me lembrei da comida, voltei correndo para a cozinha, quando eu estava na sala eu já estava sentindo um cheiro estranho, e esse era o sinal de que o macarrão não ia ficar muito bom. Logo que cheguei, desliguei o fogão, mas não tinha mais nada que eu pudesse fazer, peguei as panelas e joguei todo o conteúdo no lixo, olhei para Mariana com uma cara de quem quer matar um.
- Nina, amiga linda, me desculpa, acontece que eu estou muito nervosa com tudo que está acontecendo, e você está sempre perto dele, e isso está me deixando louca. – é claro que ainda falávamos em português.
- Para mim já deu Mariana, até parece que só porque o cara é bonito eu vou me jogar em cima dele, sei o quanto você ama seu trabalho, e o quanto é importante para você que ele fique longe de problemas por um tempo, mas por favor, até parece que você não me conhece. – e lá estava eu voltando para o meu quarto, quando a Nana pegou o meu braço.
- Vem comigo. – foram as únicas palavras que ela disse, e seu tom de voz já não estava mais tão bravo, mas ainda dava medo. – Só um minuto Thomas, já volto para falar com você. – entramos no meu quarto e ela fechou a porta (eu não sei o por quê, uma vez que estávamos falando em português) – Amiga mil desculpas, é só que hoje já aconteceram tantas coisas,e ainda tem outra coisa que eu preciso te falar, o que provavelmente é a principal razão de eu estar assim tão nervosa. – a cara da Nana não estava das melhores, ela parecia ter um misto de preocupação, nervosismo e até mesmo timidez. – A verdade Nina é que eu sou louca por esse homem desde o dia que o vi pela primeira vez entrando no escritório. – acho que ela só deu essa pausa para que pudesse digerir suas palavras. – e já tem um ano que eu trabalho com ele, e ele não me trata como ela tratou você hoje. Então, sim Nina eu estou com ciúmes, mas no momento eu ainda estou mais preocupada com  a imagem do meu cliente, e não com minha paixão platônica pelo Thomas. Você entende isso não entende Nina? – ela disse pegando minhas mãos. Depois de um tempo pensando em tudo que ela tinha me falado eu balancei a cabeça em sinal de afirmação.
- Tudo bem Nana, mas você não precisava ter me tratado daquela forma, ninguém nunca me acusou do jeito que você fez, então me desculpe se eu ainda estou chateada com você. – levantei da cama onde estávamos sentadas, e fui para meu banheiro, precisava ficar sozinha, e lavar o meu rosto, e esfriar a cabeça.
Quando voltei para meu quarto, a Nana já não estava mais lá, mas um papel em cima da cama me chamou atenção, peguei e o li.
Nina, mil desculpas pela maneira que agi hoje com você, foi desnecessário eu sei, mas no momento eu estou com muitas coisas na cabeça. Mas para começar a recompensar o que eu fiz, vou comprar nosso almoço, e sei que é algo que você gosta. Espero que você me desculpe amiga. Um grande beijo Nana
Tenho que admitir que aquele bilhete me tocou, Nana nunca tinha feito algo tão legal assim, e senti uma lágrima correndo por meu rosto. Cara como ficar brigada com uma amiga como a minha?
A casa estava em silencio, pelo visto estava sozinha em casa, sentei no sofá para ver um filme, precisava me distrair, e vi que estava passando, um filme novo de super heróis, com o nome de “The Avengers”, eu já tinha escutado muitas pessoas falando que esse filme era muito bom, então o aluguei pela televisão e comecei a ver. Na cena que estava passando, tinha o Furry, com um homem mais velho e o gavião arqueiro, eu sei sou bem nerd quando se trata de filmes, principalmente os de super heróis,  e nesse momento o cubo acendia uma luz a aparecia um outro homem, Loki,  eu já o tinha visto no filme “Thor”, o que era engraçado é que ele não me era estranho, mas não sabia de onde eu o tinha visto antes.
- Eu adoro esse filme. – tomei um susto enorme quando escutei a voz do Tom atrás de mim. – Na verdade eu adoro filme de super heróis. – ele deu a volta no sofá e se sentou ao meu lado. Não pude deixar de reparar que ele estava com outra roupa e com o cabelo molhado, o que indicava que ele estava tomando banho, provavelmente no quarto de hóspedes, e ele cheirava tão bem, não sabia se era do sabonete ou do shampoo.
Mais da metade do filme tinha se passado, e eu ainda estava concentrada em tentar descobrir onde eu conhecia aquele homem, senti o olhar de Tom em mim, quando olhei para ele, ele estava sorrindo. E foi engraçado eu voltei meu olhar para a TV e Loki estava em cena de novo, voltei a olhar para Tom e depois voltar meu olhar para o filme, agora tudo fazia sentido, o homem que estava na minha televisão era o mesmo que estava sentado ao meu lado, quando a minha ficha caiu, não me contive, e comecei a rir como uma louca, não acreditava no que estava acontecendo.
- Ele é você. – disse entre gargalhadas. E para falar a verdade, minha barriga e minha bochecha estavam doendo de tanto rir. – E eu aqui tentando descobrir de onde eu conhecia esse ator. – eu ainda não conseguia parar de rir. – Se você não estivesse sentado ao meu lado, eu provavelmente não te reconheceria. – e eu continuava rindo.
- Jura? Eu sei que meu cabelo está diferente, mas eu fico assim tão irreconhecível? – ele disse com cara de dúvida.
- Não é só o cabelo, no filme você parece realmente um homem mal, sua feição é diferente, até seus olhos estão diferente. – eu disse olhando para ele, que agora estava com uma cara de surpresa.
- Eu só te conheço a meio dia e você consegue até dizer que meus olhos ficam diferente quando eu estou atuando? Acho que alguém anda prestando bastante atenção em mim. – ele disse chegando mais perto de mim
- Em minha defesa, seus olhos não são assim tão difíceis de perceber, já que eles são muito azuis. E eu não fiquei prestando muita atenção em você não ok?!? – disse voltando minha atenção para o filme e ainda segurando o riso.
- Que pena que você não prestou atenção em mim como eu prestei em você. – cada vez mais ele chegava mais perto, e estava ficando cada vez mais quente aquela sala. Ele estava ao meu lado, pegou uma mecha de cabelo que estava no meu rosto e colocou atras da minha orelha. Esse era um homem que sabia como atrair as mulheres.
- Tom, o que você está fazendo? – disse me virando para ele
- Eu? Nada, só achei que esse cabelo poderia estar te atrapalhando de ver o filme, não estava? – ele disse sorrindo, e eu tenho certeza que minha bochecha estava vermelha, e vou te contar, a voz dele era demais, ainda junto com esse sotaque britânico, estava difícil de resistir. Quando recobrei meus sentidos vi que ele tinha colocado seu braço ao meu redor, e estava fazendo carinho no meu braço, até que lembrei o que a Nana tinha me dito, de ser louca por ele, e eu congelei. – Nina? Está tudo bem com você? – ele disse e a preocupação apareceu em sua voz e em seus olhos. Quando consegui mover minhas pernas, levantei do sofá, e fiquei andando de um lado para o outro. – Nina fala comigo, o que está acontecendo? – ele também levantou, e venho em minha direção.
- Tom, isso não pode acontecer. Minha melhor amiga trabalha para você, ela acha melhor você não se meter em mais problemas por enquanto, ela já está super nervosa com tudo o que está acontecendo com você, e eu nem sei o que é, mas ela deu a entender que por hora é melhor você se afastar dos tabloides  e... – nesse momento eu já estava começando a chorar, se qualquer coisa acontecesse eu iria magoar, e muito, minha amiga. Ele levantou sua mão para eu parar de falar, e a colocou em meu ombro.
- Nina, não vou mentir,você mexeu comigo, não sei como aconteceu, mas aconteceu, e como você mesma disse, a Mariana trabalha para mim, ela não me dá ordens, claro que ela tem que cuidar de mim, esse é o trabalho dela, mas ainda sim, ela não é minha mãe e nem minha dona. – ele disse levando sua mão para limpar a lágrima que corria pelo meu rosto. – Por favor não chora. Você é muito linda para ficar com esses grandes olhos castanhos e brilhantes vermelhos. – não consegui conter uma risada, ninguém nunca tinha me dito nada parecido com isso antes. – Como eu gosto do som de sua risada. – ele disse pegando outro cacho do meu cabelo  e o colocando atras da minha orelha. – O que é isso que você tem que me deixa louco por você?
Tom P.O.V
Eu não podia ver ela chorando, ela era bonita demais para isso.
- Não sei Tom, você é lindo, sexy, encantador, charmoso e tudo mais, mas eu não posso - coloquei meu dedo no seu lábio, eu não podia escutar ela falando que tinha um namorado ou algo assim, eu queria aquela mulher, mas eu tinha que saber o motivo, se ela realmente me achava tudo isso, por que ela não me deixava ir a diante?
-  Me dê um bom motivo para você não ficar comigo e eu nunca mais volto a te “ perturbar”. – eu disse e ela me olhou dentro dos meus olhos, ela ainda estava chorando, o que me fazia me sentir mal, ela sacudiu a cabeça em negação. – Me diz Nina.
- Minha amiga trabalha com você e principalmente com a sua imagem, ela disse que seria melhor assim. – eu via nos olhos dela que ela não estava me contando tudo.
- Eu disse um bom motivo Nina, e esse nem de longe é bom, me parece mais uma desculpa. – disse colocando meu dedo no deu queixo, fazendo que ela olhasse para mim, suas lágrimas continuavam descendo pelo seu rosto, coloquei minhas mãos ao lado de sua cabeça, e com meu dedão limpei uma de suas lágrimas. – Por favor Nina me fala.
- A verdade é que – escutamos o barulho da porta se abrindo, Nina saiu de perto de mim e voltou para seu quarto, fechando a porta. Eu continuei na sala, e com toda a certeza eu estava com uma cara de paisagem.
- Thomas? Está tudo bem por aqui? – Mariana perguntou. – Onde a Nina está? – ela estava me olhando com uma cara de preocupação, eu queria responder, mas as palavras não saiam da minha boca, era como se eu tivesse um enorme bolo na minha garganta.
Como eu não respondi ela foi atras da Nina, quando consegui me mexer e me ambientar de novo percebi que a Mariana estava batendo na porta, mas a Marina não estava respondendo, só Deus sabe como eu queria ir bater naquela porta até que ela caísse para saber o que estava acontecendo com aquela mulher tão pequena e que parecia ser tão frágil mas que mexia comigo como nenhuma mulher conseguiu.
- Nina pelo amor de Deus abre essa porta, eu juro que não vou mais brigar com você – Mariana ainda estava tentando fazer com que ela abrisse a porta, eu estava de longe assistindo a toda a cena. – Vem amiga eu trouxe pizza pro nosso almoço, ou devo dizer jantar?
 Como a casa estava em silêncio, eu pude escutar aquela voz doce vindo de traz da porta – Pizza? – foi o suficiente para saber que ela estava bem, soltei minha respiração, eu não tinha reparado, mas eu a estava prendendo desde que escutei a porta do quarto se fechar. A porta voltou a se abrir e uma Marina com a cara ainda triste saiu do quarto, seus olhos e seu nariz ainda estavam vermelhos, mas mesmo assim ela ainda estava linda. – Você disse que trouxe pizza para o jantar? – eu não consegui me segurar e soltei uma risada.
- Disse, e trouxe a sua preferida, de frango, milho, bacon e molho barbecue. – tenho que admitir que por essa eu não esperava, as duas eram magras, e eu achava que as mulheres assim só comiam salada para manter a forma, ao menos era assim com minha ex namorada. Quando lembrei dela eu tive um sentimento ruim por causa do vídeo que ela tinha colocado na internet, mas se não fosse por ela eu não teria vindo para a casa da Mariana e não teria conhecido a Marina, eu seja no final das contas ela me fez bem. – Ok agora que a Rapunzel saiu da torre – disse a Mariana rindo, e eu acabei rindo também – vamos comer que eu estou morrendo de fome.
Esperei que a Mariana seguisse para a cozinha, Nina estava logo atras da amiga, mas antes de entrar na cozinha ela olhou para mim e me deu um pequeno sorriso, como quem diz que estava tudo bem com ela. Me senti mais leve e fui para cozinha porque eu também estava com fome.
O jantar foi bem agradável, todos brincamos, e rimos muito, eu tenho que confessar nenhuma das mulheres que já conheci, claro que não estou contanto minha mãe e minhas irmãs, me fizeram rir tanto, elas eram muito divertidas, e diziam bobagens o tempo todo. Quando tínhamos acabado de jantar, nós três fomos arrumar a cozinha.
- Agora que tudo está arrumado eu vou dormir, estou morta. – Marina disse ela deu um abraço na amiga e virou para mim e me deu um beijo na bochecha. Sei que isso vai parecer meio gay, mas minhas pernas ficaram tremendo. Depois que ela saiu da cozinha eu ainda olhava para o nada. Acho que a Mariana notou que tinha alguma coisa de “errado” comigo por que quando olhei para ela, ela sorriu e balançou a cabeça como quem diz – já sei, tudo bem.
- Também vou dormir Thomas, a cama no quarto de hóspedes já está arrumada, se precisar de alguma coisa é só falar ok!? Boa noite. – e assim ela também saiu da cozinha, eu fiquei por lá mais um tempo pensando em tudo que estava acontecendo, como minha vida podia mudar tanto de um dia para o outro?
Fui para o quarto que Mariana tinha dito que seria meu enquanto eu estivesse por aqui, antes de entrar, olhei para o quarto da Marina, a porta não estava totalmente fechada, eu queria vê-la, e quando dei por mim estava na porta de seu quarto, a vendo de longe, ela parecia estar em paz, e parecia ainda mais adorável, ela estava enrolada em um cobertor branco o que lhe deu a impressão que ela era um anjo dormindo em uma nuvem. Voltei sorrindo para meu quarto, tirei meu pijama da sacola, sim eu tive que comprar roupas no caminho para a casa das meninas, uma vez que não pude passar em casa e nem sabia quando voltaria para lá. Escovei os dentes, e fui para a cama. Estava sonhando com a Marina, e quando ia beijar ela, seu rosto se tornou no de Susannah (minha ex), eu acordei em um pulo, minha respiração estava acelerada. Tentei dormir por algum tempo depois daquele sonho/pesadelo. Depois de muito rolar na cama percebi que não ia conseguir dormir, então levantei da cama e fui para a sala, liguei a televisão e vi que ainda poderia ver “Avengers” sorri com a lembrança da risada da Marina quanto ela percebeu que eu era o Loki. Já tinha se passado um tempo que eu estava vendo o filme e nada do meu sono aparecer.
- Também não consegue dormir? – quando olhei para trás meu queixo foi ao chão.

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